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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Minha Vizinha


Chegando em casa lá pelas 17hs, estacionei o carro e lembrei que estava devendo o telefone de um médico para Maria, minha vizinha. Toquei sua campainha, sem demora ela atendeu e pela primeira vez me convidou para entrar. Aceitei o convite e entrei. Logo exclamei: nossa, Maria, como sua casa é bonita! Ela meio encabulada agradeceu. Sentamos no sofá e a conversa começou. Depois de alguns minutos Maria me convidou para um café e lá fomos nós para a cozinha (também bonita) e continuamos nossa conversa.
Ela me contou tanta coisa sobre sua vida que eu não sabia e eu, claro, também contei sobre mim questões que ela não conhecia. Rimos, choramos, refletimos sobre alguns assuntos, trocamos ideias, nos apoiamos. Quando nos demos conta já havia passado quatro horas e nem sentimos o tempo passar!
Quantas vezes você já conversou com um vizinho? Quanto sabe sobre sua vida? Quantas vezes lhe deu um 'bom dia' ou parou na calçada pra jogar conversa fora, pra ouvir um lamento, fazer uma piada ou reclamar de algo que acontece em sua cidade ou na rua em que moram?
Sempre damos a mesma desculpa: o tempo corrido! Mas o tempo não corre, nós é que corremos e assim perdemos boas oportunidades de troca com o outro, que se pararmos pra prestar atenção, nossas histórias e conflitos não são muito diferentes. Podemos ter diferenças de personalidade, classe social, crenças, mas somos todos seres humanos e a nossa trilha como humanidade é a mesma e cada um de nós sempre tem uma boa história pra contar, uma necessidade, uma dor ou uma alegria a compartilhar. No final das contas precisamos uns dos outros e não há nada melhor que tomar um café com a vizinha e saber dela e se deixar conhecer! As prioridades nós escolhemos e é melhor escolher o que nos desperta felicidade, pois o tempo não corre, mas passa. E de verdade não existe o Eu, somente o Nós!
Não preciso dizer que já combinamos outro café e assim a vida segue mais leve com seus constantes desafios e glórias.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Meu Paipai


Em agosto comemoramos o Dia dos Pais e eu não vou perder esta chance de falar um pouquinho sobre eles. 
As mães por tradição e características femininas sempre estiveram mais envolvidas com seus filhos, mas o pai tem importância nesta relação que é bom ressaltar, tanto para o filho como para a mãe.
Ele pode ser um pai presente como não. Pode ter aceito com alegria o nascimento de seu filho ou tê-lo rejeitado. Pode estar vivo ou já ter virado anjo. Pode estar de bem com a mãe como não querer vê-la nem pelas costas. Pode ser rico ou um duro. Pode ser o que for, sempre terá sua importância. 
Para o filho ter um pai do tipo paipai, meio herói, meio palhaço, meio feliz ou meio triste, enfim, um ser humano que o ama é de fundamental importância para seu desenvolvimento.
Para a mulher é de igual importância ter um companheiro, perto ou longe, mas que ela possa confiar seu filho a ele e poder contar com ele. Toda mulher sente-se segura quando sabe que seu filho  é amado por aquele que fez parte de sua vinda a esta vida. Quando este amor é negado, por mais que ela não admita ou não queira admitir, sente-se ferida lá bem no fundo do seu coração e torna-se uma leoa a proteger seu filho para poder poupá-lo.
Na verdade, só quero dizer que mesmo que você rejeite seu filho, que não quis conhecê-lo, que  por algum motivo o abandonou sempre será seu pai. Sua importância não pode ser negada, mesmo se comparado àquele que acolheu e ama seu filho, pois por amor ou não, você possibilitou a vinda de um ser humano a esta vida, que cumprirá uma história como puder e quiser e saberá em algum momento que só temos um bem maior, que é a chance de viver e evoluir com todas as alegrias e dores que fazem parte desta trajetória que no fundo do fundo sempre é por amor, mesmo que não tenha sido expresso, pois onde há vida há amor.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

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