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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
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sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Corvo


Existe um conto ucraniano que narra a história de um corvo que queria ser pombo. Ele não conseguia encontrar uma forma de mudar sua aparência e então teve uma ideia quando observou um homem pintando sua casa usando tinta branca, pensou: vou mergulhar no latão de tinta e assim poderei ser uma pomba! Brilhante ideia!
Depois do mergulho voou feliz acreditando ter conseguido realizar seu sonho.
Logo encontrou um bando de pombos. Não teve dúvida, pousou entre eles e ao ouvi-los emitir seu som característico “vu-vu-vuuu, vu-vu-vuuu”, nosso amigo não hesitou em participar da “conversa pombal” e entusiasmado lançou seu sonoro “craa, craa, craa”.
Claro que o grupo percebeu com bastante facilidade que aquele “pombo” não era um pombo e sem dúvida alguma o expulsou do bando.
Nosso amigo, totalmente humilhado, voltou para seu clã e quando pousou entre os seus logo foi notado, pois nunca alguém antes havia visto um corvo branco! E assim ele foi expulso novamente!
Fica aqui um estímulo para reflexão para aqueles que não se aceitam como são. Deve ficar claro que este conto não tem uma intenção preconceituosa, mas quer ressaltar a inutilidade da mutilação pessoal.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

Mudança


Mudança, palavra que às vezes assusta, pois traz em si a obrigatoriedade do desapego. Abrir mão, deixar para traz ou simplesmente transformar. Esta é a palavra-chave transformar. Mas como acontece esta tal transformação?
Tudo começa no conflito entre dois polos, extremos opostos, é claro! Se já reparou toda mudança é gerada por este conflito, por isso é tão incomodo mudar, resistências na maioria das vezes são observadas e se não houvesse um empurrãozinho, ficaríamos em situações cômodas por toda a vida. Terrível, não é?! Ficar do mesmo jeito pra sempre! Insuportável! Sim, insuportável, porque nossa mente precisa de desafios, precisa de contrastes para ser estimulada e buscar respostas. E estes contrastes são os nossos tão conhecidos conflitos.
Vamos para um exemplo: manter uma relação ou interrompê-la? Manter por comodismo, medo da solidão, preocupação com os comentários, preguiça de mexer nos problemas e se ver na obrigação de tomar uma atitude e assim por diante. Ou interromper por se perceber que é mais nocivo continuar junto que separado. É nocivo porque não se cresce, os defeitos de cada um persistem e são mutuamente reforçados, em alguns casos por violência física ou psicológica, às vezes por ambas, o que é mais dramático.
Claro que podemos optar por resolver os problemas juntos e ai os desafios se tornam maiores, pois neste caso é fundamental que ambos estejam dispostos a se transformarem. Impossível? Não, perfeitamente possível!
O que é se transformar, já que é pré-requisito para se viver em paz? Se transformar é regular os opostos. O que??? Regular os opostos??? Sim, por exemplo, pense em dois polos, amor e ódio. Na verdade são extremos do mesmo elemento, mas estão exagerados em suas extremidades. Se regularmos estas extremidades e tentarmos aproximá-los, o amor perderá seus exageros que podem cegar e o ódio também perderá sua característica destrutiva ao se encontrar com o amor do lado oposto. Não é difícil, só exige empenho e muita observação. Para se atingir o equilíbrio esta temperança é necessária, uma combinação entre dois elementos opostos que precisam um do outro para atingirmos o bom senso, a consciência da verdade e do bem viver com o outro e consigo mesmo. Portanto, não precisamos culpar ninguém pelas nossas quinquilharias, mas precisamos nos transformar, mudar, aprender com os conflitos, abençoados e eternos conflitos a nos impelir para o aprimoramento pessoal ou felicidade, se quiser chamar assim.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

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