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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Depois

 


No início ela quer um príncipe

Depois, um namorado

Depois, um marido

Depois, um bom advogado

Depois, um companheiro leal

Depois, uma taça de vinho com vista pro mar


©Direitos reservados a Ala Voloshyn



quinta-feira, 25 de novembro de 2021

A Verdade Não Importa


O que importa é o que acredito!
Vejo, o que acredito.
Sinto, o que acredito.
Ouço, o que acredito.
Penso, o que acredito.
Faço, o que acredito.
A verdade não importa!

O que acredito é a verdade!
E eu acredito em quem acredita no que eu acredito.
E não acredito em quem não acredita no que eu acredito.

Quem se importa com a verdade?
O que importa é o que importa.
Importa o que acredito.
E o que não é verdade pra mim, não acredito.

E sendo assim, a verdade não importa.
O que importa é com o que  me importo.
Mesmo que não seja verdade!

©Direitos reservados a Ala Voloshyn



quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Uma Andorinha Faz Verão?

 

Autorretrato - Van Gogh
É possível "uma andorinha fazer verão"?
Uma resposta comum a esta indagação é não! 
Mas e se pensarmos diferente?  Se lembrarmos daqueles que vão na frente a abrir caminhos, guiados pelas suas convicções, seus ideais, apoiados em sua força motriz interna, a Vontade! Que enfrentam desafios, bloqueios, ataques, descrenças alheias. Simplesmente seguem e mostram que é possível o que se acreditava ser impossível ou proibido! 
São os visionários, líderes verdadeiros, pautados no Superior. Gente que fez história, provando que muitas vezes estavam à frente de seu tempo. Gente que trouxe luz nas trevas, Que movidos por um ideal Nobre, impulsionaram a evolução!
Estas "andorinhas solitárias" são aqueles que ousam "voar alto"! Como Joana d'Arc, Disney, Van Gogh, que foi um pintor que produziu 700 quadros, sem conseguir vender nenhum, considerado inadequado, louco, doente, mas que hoje é reconhecido como um importante artista. Na minha opinião ele foi genial, pois entendo que pintava a energia que percebia e não a matéria, que a maioria reconhecia. Ele era grandioso e com todos os embates, jamais deixou de ser quem era e nunca parou de dar cor e forma ao que sua sensibilidade ímpar percebia. Imprimiu sua marca, deixou referência.
Portanto, respondendo à pergunta inicial: uma andorinha faz verão, sim!

                   ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

domingo, 31 de outubro de 2021

No Silêncio

 

Existem momentos em que vivemos algo extraordinário, que nos toca pra sempre!
Era de manhã, eu saí pro quintal, onde tenho algumas árvores. Faria o de sempre, colocar roupas pra lavar e dar comida pro cachorro. 
De súbito, avistei, numa distância de mais ou menos dois metros, um pássaro pousado num galho. Parei tudo, olhei pra ele e pensei: que estranho, parece doente, está tão estático!
O pássaro olhava fixamente para um ponto diferente do meu. Insisti em pensar que estava doente e decidi ajudar.
Olhei bem pra ele e firmei meu pensamento, enviando-lhe um projeto de luz imaginado, dos meus olhos pra ele. 
E de repente! Ele me olhou bem nos olhos!
Naquele instante o tempo parou! Tudo parou! Não ouvia nenhum som! Nem o vento eu sentia. Parece que entrei num mundo que não sabia. Eu só via seus olhos nos meus e senti sua  infinita fortaleza!
Imersa naquele corredor silencioso que nos ligava, entendi que o silêncio é comunicação. Que o olhar tem intenção. E que um elo aconteceu entre o pássaro e eu!

                                   ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

sábado, 30 de outubro de 2021

Sou Ser da Natureza

 

Entendo que sou um ser da Natureza. Como é o cão, o gato, o leão, o pássaro, a árvore, o rio, a rocha, o mar, o Sol, a Terra. Mergulho neste Universo, onde sou uma célula, a compor a Unidade. Aceito cumprir a  Ideia que me criou.

        ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Uma História Extraordinária

 

Era dia 28 de Setembro, de manhã, e eu estava na minha varanda tomando meu café com leite, como de costume. Estava um dia muito agradável, com um sol lindo e eu ali absorta em meus pensamentos, sem nenhum foco, apenas pensando no quão belo era tudo o que via: o jardim, o céu azul, os prédios em volta, a brisa morna, o movimento na rua, pessoas indo e vindo. Alguns de meus gatos estavam por perto, estendidos no chão,  com uma calma de admirar. E assim, o tempo passava, sem que eu me preocupasse com isso. Afinal, o café estava delicioso e eu comtemplava o que me cercava. 
Então, sem que percebesse, surgiu uma enorme borboleta voando perto de mim, às vezes se aproximava e depois se afastava um pouco. Voava acima de mim e depois bem perto, na altura dos meus olhos. Era um bailado o que ela fazia! Eu admirada olhava aquele espetáculo, sentindo o que tudo aquilo significava. Dia 28 de Setembro é um dia especial pra mim, a borboleta também! Ela sempre me surge como um sinal, um símbolo, que um dia conto pra você! Mas o que importa aqui, é que eu entendi! Era um recado vindo do lugar que não enxergamos, mas está sempre se manifestando de várias formas.
Enquanto me encantava com tudo, não deixei de perceber que dois dos gatos já avistavam a borboleta. Pressenti o pior e já fiquei atenta. Não deu outra! A borboleta voou mais baixo e pronto! O gato abocanhou! Não esperei um piscar de olhos e agarrei o gato, que logo soltou aquela bailarina alada.
Mais admirada fiquei, pois aquela borboleta bateu suas asas com força e presteza e voou, voou numa linha quase reta para o alto. Voou tão alto, como eu nunca tinha visto uma borboleta voar! E eu, como uma criança, olhava pra ela, percebia sua vitória e seu vigor e um pensamento veio como um lampejo em minha mente: Voa Alto! Agradeci pela visão e aceitei o voo daquela borboleta como um estímulo para ir além dos limites que eu já experimentava. Um chamado para a metamorfose. Voa alto, ela me mostrou! Não vou esquecer nunca mais aquele balé, aquela borboleta batendo suas asas em direção ao alto, livre, sabendo para onde se guiar!
Esta é uma história extraordinária! Já lhe aconteceu algo assim? Não tenho dúvida! A Vida é uma grande orquestra, tudo está em sintonia e mensagens sempre estão nos chegando do mundo invisível. Se estivermos atentos, entenderemos cada sinal! Já não aconteceu de você precisar de uma resposta e um livro cair da estante nos seus pés? Já cruzou com uma pessoa na rua que lhe deu um bom dia e disse-lhe que tudo iria ficar bem? Um amigo já lhe fez uma indicação que salvou seu dia, sem que ele soubesse disso? Já lhe aconteceu de ligar a TV, por motivo nenhum, e ver a entrevista de alguém que  lhe deu um Norte pra agir? Já se atrasou para um compromisso e isso salvou sua vida? E aquele sonho que explicou tudo?
Muitas coisas nos acontecem que são verdadeiras mensagens e que fazem toda a diferença! São histórias extraordinárias! Nunca estamos sós, mesmo que acreditemos nisto e como numa grande orquestra, todos os sons se harmonizam em uníssono. Tudo está em sintonia, em comunicação, é só estar atento e não se perder nos ruídos dissonantes. Prestar atenção nos sinais que a Vida nos dá, é deslumbrante, é aconchegante! Experimente!

                                                  ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Por Quem Faz?

 

Por quem você faz o que faz?
É pelo outro? É por você?
Sei que sua vontade de ajudar, colaborar, tornar o mundo melhor é grande. Eu sei! Mas a frustração também é! Isto é, quando olha em volta e vê confusão, gente falando mal de gente, e o que é pior, gente sem um pingo de vontade em melhorar como gente. É desanimador! E você com toda essa vontade de ajudar, contribuir, com o que tem de melhor e o outro nem lhe dá atenção, não é mesmo? Ou pior, desvaloriza o que você faz com tanta dedicação e esforço.
Com tudo se repetindo, você se dedicando, fazendo o que acredita, se esmerando para dar o melhor, com resultado ainda distante de sua meta, que é ser alguém que realmente faz diferença na vida do outro, contribuindo para um mundo melhor.
Não é fácil essa meta, às vezes a frustração desanima e dá vontade de desistir de tudo, porque parece que o mundo não melhora, que nada adianta e no final das contas os egoístas levam a melhor, porque, pelo menos, alcançam seus objetivos.
E se você pensasse mais em si que no outro? E se fizesse o que faz por você? Porque gosta, te faz bem, é o que acredita, é o que dá sentido à sua vida, é o que te faz crescer como gente e te dá uma super satisfação. É o legado que quer deixar. O que acha?
Penso que se você faz por si, não precisa da aprovação externa, pode vencer bloqueios quando surgem, sente-se animado em se aperfeiçoar, mesmo que ninguém o anime para isto, capricha, busca conhecimento para se aprimorar, sente felicidade por fazer o que faz, pode confiar em si mesmo, pois cumpre o que determina fazer e acredita naquilo a que se dedica.
E pense bem, uma pessoa feliz, satisfeita, fiel aos seus propósitos, com vontade de evoluir, compartilha aquilo que tem de melhor, pois busca o melhor. Se puder sensibilizar e contribuir, ótimo! Que bom, houve com quem somar! Mas se não houve aceitação, tudo bem, não impõe  uma posição, crença ou atitude, pois não precisa disto. Se o sujeito não quiser ou não valorizar, não mudará sua satisfação. Impõe quem não faz por gosto ou porque segue determinações que não acredita. Precisa dividir sua insatisfação com alguém, não é? Então impõe como lhe é imposto!
Um mundo melhor se faz com seres humanos melhores, certo? E se você realiza o que de verdade lhe traz satisfação e crescimento, naturalmente contribuirá para um mundo melhor.
Por isso digo, faça primeiro por você e para você, para poder compartilhar o que há de melhor em ti. Não espere que alguém queira o que tem para dar, simplesmente dê e quem estiver pronto para receber, receberá e quem não estiver, não lhe dará motivos para desistir.

                                          ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Temor

 


                                                   ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Alerta

 


                                                    ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Morte, Soberana Dama!

Soberana Dama é a que nos traz e a que nos leva!

Por toda vida nos acompanha, mas não entendemos seus sinais, quando mostra que o tempo está sob seu comando e  que devemos nos entregar com gosto às vivências.

Nos ensina sobre a transformação, onde cada experiência é uma chance para criarmos asas e alcançarmos os anjos. 

Nos faz chorar, se despedir, valorizar cada momento de vida,  suportar a dor na chegada e na partida. 

Nos lembra que devemos fazer o melhor que pudermos, sem adiar.

Soberana Dama, seu poder está na sua presença constante e diante de seu sopro  ajoelhamos,

perdoamos, desejamos merecer o perdão.

Soberana Dama, seu chamado é uma ordem.

Não há como negociar, não há como atrasar.

Reconhecemos Teu poder de decisão.

Sua maestria reflete a vida que construímos e nos oferece sua compreensão.

Aprendemos a temê-la, mas ignorantes foram os que nos ensinaram assim, pois Soberana Dama nos desvela, nos entrega a nós mesmos, nos tira as vestes, para outras vestes podermos vestir.

É Soberana Dama, das asas de luz, da altiva presença, que nos guia e assinala que mais vale a profundidade do viver que sua extensão.

Seu poder está na sua lição maior, onde nos ensina que a finitude de nossa presença é libertação, e nos coloca diante do compromisso de crescer, sem negligenciar.

Sustenta seu amor por nós, ao revelar sua face.

Soberana Dama, alicerce da vida!


©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Entre Os Mocinhos e Os Bandidos


   Estou entre os  mocinhos e os bandidos.

E eu não sou bandido.

Eu sou mocinho!

Então, eu fico do lado do mocinho.

Mas aí, o bandido diz que  mocinho é ele!

E que o mocinho é que é bandido!

E aí, como eu não quero ser bandido,

Vou pro lado do bandido que diz que é mocinho!

Aí, o mocinho diz que ele é que é mocinho!

Então se eu tô do lado do bandido, eu sou bandido também?

Daí, eu vou pro lado do mocinho!

Aí eu sou  mocinho, porque estou do lado do mocinho?

Mas o bandido diz que na verdade ele, o bandido, é que é mocinho!

E o mocinho é que é bandido!

E eu já não sei pra que lado eu vou!

Se eu vou pro lado do mocinho.

Ou se vou pro lado do bandido!

Quem é o bandido?

Quem é o mocinho?

Quem é bandido, quem é  mocinho?

Se o bandido diz que ele é  mocinho.

E o mocinho diz que ele é que é  mocinho!

Quem é o bandido, quem é o mocinho?

Se o bandido diz que ele é  mocinho

E o mocinho diz que o outro é que é  bandido.

E o bandido diz que o mocinho é que é  bandido!

E o mocinho diz que ele é que é  mocinho

E o bandido diz que mocinho é ele!

Quem é o bandido, quem é o mocinho?

Quem é  mocinho, quem é  bandido?

 Eu já não sei!

Eu quero ficar do lado do mocinho!

Porque eu quero ser mocinho!

Mas o bandido diz que o mocinho, que diz que é mocinho, é que é bandido!

E o mocinho diz que o outro é que é bandido!

Tô ficando cansado!

Não sei pra que lado eu vou!

Eu acho que eu não vou pra lado nenhum!

Não vou pro lado de ninguém!

Não vou pro lado de nada!

Eu já não sei mais quem é o mocinho!

Eu já não sei mais quem é o bandido!

Eu já não sei mais por que é que existem mocinhos!

Eu já não sei mais por que é que existem bandidos!

E eu acho que eu vou é dormir.

Ou assistir uma novela!

Porque lá eu sei quem é  mocinho e quem é bandido!

Agora aqui, do lado de cá, eu não sei!

Eu tô confuso, eu já não sei pra que lado ir.

Eu acho que eu vou é dormir mesmo!

Quem sabe amanhã eu acordo, melhor!

 

© Direitos reservados a Ala Voloshyn




quinta-feira, 25 de março de 2021

Sem Medo de Mim

 Não, não, eu não me distraio! 

Não, eu não fujo de mim. Eu me olho. Eu me olho nos olhos. Não fujo, não!
Não, não, não me distraio. Não me distraio com barulhos do externo. Não, eu não me distraio.
Mesmo que pareça distraída. Não! Estou atenta. Eu me olho. Eu me escuto. Eu me sinto. Eu me penso. Eu não fujo de mim.
Meu Inferno... Ah, meu Inferno! Conheço bem! Tantas vezes estive lá! Também com medo, de não conseguir sair. Mas eu sempre saio. Assim como entro. Sem hesitar! Quando percebo, já fui. A vasculhar gavetas, subsolos, esconderijos. Facetas que não gosto, que não conheço. Mas estão lá, sempre a minha espera. Pra que eu as olhe.
E assim me olho. Me olho nos olhos. Não há como evitar. Não quero evitar.
Vou ao meu Inferno. Sei o caminho! Saio dele, porque conheço o caminho. Eu não fujo de mim. Eu não me evito. Eu me olho. Nos olhos. E cada vez mais me reconheço.
Me sei. Cresço. Me amparo. Não me envergonho de mim. Quanto mais me olho, mais me vejo!
Sou a bússola que me norteia.

                                                             *Ilustração: Colagem por Ala Voloshyn 
                                             
                                                     © Direitos reservados a Ala Voloshyn

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