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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Muro Que Nos Separa

 

Quem nos diz que somos inimigos?

Quem nos quer cativos?

Quem construiu esse muro entre nós?

 

Por que não nos ouvimos?

Por que somos obedientes a quem nos separa?

Não confiamos em nosso discernimento?

Precisamos de quem nos governe?

Precisamos de quem nos leve pela mão?

 

O que deseja quem nos separa?

Por que nos separa?

Por que obedecemos?

Não confiamos em nosso discernimento?


 ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Por Que Não Estou Onde Poderia Estar?


Poderia estar, onde não estou!

Quem está, não quer que eu lá esteja.

Mesmo que meu lugar ali já fosse.

Apaga a história que antes lá escrevi.

Outro assume meu lugar.

Quem colocou, assim o quer.

Deu-me as costas e olhou para o que não vi.

Outra página escreve com palavras que escrevi.

Mas quem verá, se não sabem o que há?

Também fazem de mim esquecimento.

Por que?

Quem responde?

Se sabe, diga-me.

Por que não estou onde poderia estar?

Escrevi uma história que apagada se faz.

Apagam por que?

Se minha digital já lá está.        

E onde minha letra alojei, história fiz.

Não se apaga o que os olhos não podem ver.

E quem acredita que apaga a história já escrita.

Sua própria história não tem.

 ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

  

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Minha Criança

 



Ah, minha criança! Fique no meu colo, aqui está protegida. Vou lhe contar uma história bem bonita pro seu medo passar.

O mundo está bem doído de se viver. A dor se espalha pelo ar e a resposta pra cura não vem.

Também tenho medo, mas não é maior que o seu.

Vou suportar o inferno que está lá fora e manter seu olhar no meu.

Pra que não se desvie de mim e se perca nos ruídos ensurdecedores.

Tudo está confuso, mas suporto meu medo, pra que confie em mim.

Não é este mundo que queria pra você, mas é o que acontece.

Nem sempre as coisas são como desejamos, é assim!

Fique no meu colo, aqui está segura.

Queria um mundo bem diferente, mas ele é o que é, cheio de contrastes e desafios.

Quero te ver crescer e ser forte, pra não se perder na confusão.

E quando eu estiver longe, quero que se lembre das histórias bonitas que lhe contei.

Aquelas em que os dragões eram enfrentados com bravura e o medo vencido.

Aquelas histórias, que lhe contei, imaginei, sonhei, desejei.

Pra que seu medo passasse e continuasse a acreditar em mim.

Que também sentia medo, mas que por você, suportei.

  ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

 




sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Não Me Elogie!

 

Sim, é isso, não me elogie, agradeço.

Nem me conhece direito e já diz que me admira! Por que?

Tenho algumas desconfianças, só algumas, quando há um exagero nos elogios, uma constância, fico pensando, por que? Nem sou tão incrível assim! Por que a insistência?

Não me refiro a uma manifestação pura, de admiração, às vezes constrangedora pelo excesso, mas sincera. Ressalto o exagerado que inspira desconfiança, isso mesmo, desconfiança! Tem uma expressão um tanto quanto ansiosa, artificial, que dá pra sentir que algo existe a mais, que vai além do elogio. E o que é?

Bajulação! E pra que? Manipulação!

Isso, manipulação! E funciona assim: “vejo em você algo que me interessa, que pode me servir e pra ganhar o que percebo vou te amaciando, chamando atenções sobre mim, dando-lhe a falsa impressão que te admiro e por razões magníficas, porque você é SENSACIONAL, e não há igual; só você seria capaz de tal maravilha!”

Entendeu? Se o objeto do desejo for você, logo será atraído, usado e jogado fora depois. Simples assim. E de um modo muito eficaz, nutrindo sua vaidade e se você morder a isca, já era! Será conduzido e extorquido, bem debaixo do seu nariz! Sem que perceba, pois, a vaidade cega. E quando voltar à razão já terá sido manipulado ao bel prazer do elogiador ou melhor, bajulador.

Entendeu? Por isso, não me elogie, vou desconfiar! Deixe-me quieta na minha toada do autoaprimoramento e se sentir gratidão pelo que fiz, diga-me, vou gostar saber que fui alguém que somou positivamente na sua vida, mas não me cegue pela vaidade, isso pode me estacionar e é o que não quero!

 ©Direitos reservados a Ala Voloshyn


sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Rosas Amarelas

 

Gosto de rosas, são lindas, nas mais diversas cores! Mas prefiro as amarelas, brancas também são lindas, mas as cor-de-rosa são clássicas! As vermelhas não negam um charme especial e as champagne, então! Mas prefiro as amarelas!

Trouxe uma muda bem bonita pra casa e plantei no jardim. Tenho um pequeno punhado de terra e ficou bem bonito, a roseira de rosas amarelas com mais algumas plantinhas e devo confessar, algumas ervas daninhas também, mas são poucas e não me importo muito com elas, a roseira de rosas amarelas gosto e quero ver crescer bem bonita cheia de rosas amarelas, que amo muito!

Os dias vão passando e as demandas não são poucas! Trabalho, casa, supermercado, recados no WhatsApp (não param!), contas pra pagar, boletos que não posso deixar vencer, o cansaço que insiste em moer meu corpo e o estresse, tão comum nos dias de hoje! Mas tudo bem, todos estamos assim, né? Um dia passa, um dia passará!

E a roseira de rosas amarelas? Está lá no jardim, um pouco maior, tá indo bem, especialmente porque anda chovendo muito por aqui e isto ajuda! As ervas daninhas também cresceram, mas tudo bem, não me preocupo com elas, são poucas!

E a vida vou levando, às vezes sem graça pela falta de graça e do convívio com amigos, de gavetas lotadas de contas velhas, que insisto em manter, não sei por quê! Talvez pela necessidade de preenchimento de uma vida que insisto em viver, mas que pouco me encanta, talvez meu encanto em alguma gaveta guardei.

E a roseira de rosas amarelas? Está no jardim! Não anda muito viçosa, talvez pela falta de chuva nos últimos tempos! Mas, por incrível que possa parecer, as ervas daninhas cresceram, estão a tomar conta do jardim! As ervas daninhas não precisam de água, só a roseira de rosas amarelas?

A vida sem tempo, cheia de compromissos e não dá nem tempo pra regar a roseira de rosas amarelas. Não tenho tempo nem pra me olhar no espelho, passar um creme nas pernas, que a pele anda seca como a terra do meu jardim! Mas amanhã eu rego e quando a roseira de rosas amarelas se encher de rosas amarelas, a vida será mais encantadora, pois amo rosas amarelas! E mesmo com pressa e sem tempo, poderei olhar pras rosas amarelas da roseira de rosas amarelas, que um dia plantei no meu jardim, com algumas ervas daninhas, e me encantar, porque eu amo rosas amarelas!

Mas o tempo passa depressa e nada muda, a vida encrua, a roseira de rosas amarelas seca e as ervas daninhas tomam conta do jardim. Que pena, porque eu amo rosas amarelas!

 ©Direitos reservados a Ala Voloshyn


sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Semente Boa

 

Semente boa em solo contaminado, é contaminada.

Semente pura em solo contaminado tem sua natureza infectada.

Semente boa, semente pura, depende de solo limpo pra íntegra expandir.

Solo contaminado não permite que germine com força inteira.

É deformada pela contaminação.

Mão que planta tem ação de criação.

Se o solo não cuidar, o criar comprometerá.

Semente boa precisa de solo bom.

Semente pura precisa de solo puro.

Em solo contaminado se contaminará.

E sua natureza levará o que não é seu.

Sua pureza perderá.

Sua natureza desviará.

Pela impureza que perpetuará.

©Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 18 de julho de 2023

Não Sou de Lá, Nem de Cá, Pelo Contrário!

 


Não espere de mim coerência, não a sua coerência! Busco ser coerente comigo mesma e isto pode decepcionar, mas o que posso fazer, além de continuar? Não somos idênticos, o que gosto muito, essa coisa de cópia não me agrada, prefiro a identidade leal à Ideia original. 
Não sou de lá nem de cá, nem prum lado nem pro outro, muito pelo contrário! Estou onde quero estar e assim o lado é o que escolho e se errar, assunto meu, sou eu que tenho que aprender e gosto de aprender o que não sei, gosto de saber onde errei, isso me faz acertar.
Se me bloquear, contorno. Se me subjugar, fico triste, mas passa. Se me maltratar, não volto. Se me magoar, choro até limpar todo seu veneno, preciso cuidar do meu coraçãozinho, que bambeia diante da desilusão! Mas também, quem mandou confiar sem ter sinais de que deveria? A gente sonha e pensa que o sonho é realidade, mas é só um sonho ou às vezes pesadelo, mas quem mandou apostar todas as fichas em quem as levou sem pedir licença, paciência, fica mais esperta e entenda onde se enganou e não repita mais ou repita tantas vezes quantas forem necessárias, até transformar seus enganos, né? Fazê o quê? O outro? Que lute! Sigo meu caminho.
Nasci em dia de sol forte, minha mãe contou, mas adoro chuva e se for com trovão, acho o máximo! Conversar é meu forte, tenho interesse no outro, mas chega uma hora que quero ficar só, bem sozinha pra me equilibrar, descansar, pensar, abraçar meu cachorro, observar meus gatos, porque gato é um bicho muito interessante! 
Quando não sei ao certo como resolver uma questão, pergunto pra árvore, ela sempre me dá boas ideias! As flores eu rego, planto mais árvores, talvez prevenindo a solidão ou só porque gosto mesmo dessas maravilhosas! Outono me encanta, o frio me dá dor nos ossos. 
Gosto da madrugada, quando o silêncio impera, fico olhando pro céu, nem sempre estrelado, mas sempre intrigante. Como o mundo é grande e ao mesmo tempo misterioso! Deus existe? Não sei, mas sei que se eu me deixar levar, posso sentir o que chamo de Deus e quero fazer parte de Tudo que é infinito e se pensar muito, tenho medo de perder a razão. É muito louco tudo isso!
Medos não me faltam, desde criancinha, tinha medo do escuro, sempre via fantasmas ou pelo menos, é o que me pareciam. Hoje já aprendi que o jeito é sentir medo e saber sua razão, assim passa!
Já fui bem bobinha, acreditando em um monte de gente, agora não, olho bem, farejo, e se encontrar alguém com a Lua em Escorpião, já fico esperta, melhor seguir a intuição. Não que eu tenha algo contra, quem sou eu? Mas prudência e canja de galinha, nunca fez mal a ninguém!
Enfim, não espere de mim coerência, teço minha vida no melhor que posso, e quero sair daqui muito mais evoluída do que quando cheguei. Todo esforço vale a pena! Esta é a minha coerência.

* Ilustração: Minha caricatura pelo cartunista Chico Pereira, 2018.

©Direitos reservados a Ala Voloshyn


sexta-feira, 23 de junho de 2023

Pra Reflexão

Contar histórias para crianças é sentir o pulsar da Vida no coração! Entusiasma e faz acreditar que podemos viver um mundo verdadeiramente melhor.

Escrever para crianças redobra a responsabilidade de manter a Vida em crescimento saudável, cuidando para que as sementes não se deteriorem pelas palavras deteriorantes!

Saber a diferença entre o que eleva e o que faz estacionar é um saber que provém da vivência na experiência. E hoje, poder decidir por uma direção solicita uma atenção maior, quando a arte está a serviço de interesses que não são da arte.

Pra reflexão.


 ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 9 de junho de 2023

De Ponto em Ponto

 

Quem conta um conto aumenta um ponto?

De ponto em ponto, logo não será o mesmo conto!

Quem escreve conto tem o que contar.

E quem conta, deve saber respeitar!

Sem alterar a comunicação de quem escreve.

Se quer contar diferente, escreva o seu!

Não mexa no conto já feito!

Seja na arte eleito,

Por si mesmo!

E não por contar o que não se contou.

Inventou!

Pendurado no lombo de quem escreveu.

Pendurado no lombo de quem leu.

Pendurado no lombo de quem a mão ofereceu.

Pra ajudar a contar mais contos e aumentar seus pontos!

 ©Direitos reservados a Ala Voloshyn 

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Teatro de Marionetes



Manipular é ação que requer empenho e uma dose de perversão. É coisa de mestre!

Não se atreva!  Se não for capaz, nem pense em desafiar. É posição de prática constante e atenção. Só um mestre pode articular os fios das marionetes sem se enganar.  O silêncio do oculto o mantém no comando e quem olha se entretém tanto com o teatro, que não percebe suas mãos a guiar.

Nem sempre a cena faz rir, também faz chorar e odiar, na intenção do mestre a encadear. Marionetes sem juízo, não podem alterar o trajeto definido. Não tem permissão para modificar. Estão para se deixar conduzir por quem a trama concebeu.

E assim o teatro se faz, até se fecharem as cortinas. Os bonecos, já sem função, saem do palco a esperar outro enredo, que só o mestre sabe como será.

            ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 27 de abril de 2023

O que Fazer?


 Quem nos separa, quer nos dominar.

Quem nos rejeita, mostra que devemos continuar nossa caminhada.

Quem nos agride, mostra que devemos nos defender.

Quem está junto, mostra que podemos confiar.

Quem mente, mostra que devemos discernir.

Quem nos ama, mostra respeito por nós.

Quem nos ouve, mostra interesse em nossa fala.

Quem nos abandona, mostra que podemos estar conosco.

Quem erra, mostra que somos humanos.

Quem nos perdoa, nos liberta.

Quem diz palavras bonitas sem realiza-las, mostra que precisamos estar atentos.

Quem nos promete o que desejamos, mostra que podemos estar em apuros.

Quem busca vantagens, mostra que devemos nos afastar.

Quem chora, mostra que a dor pode ser nossa também.

Quem nos olha, mostra que deseja nos conhecer.

Então, o que fazer?

Escolher.

©Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 16 de março de 2023

Inveja

Picasso
  
Sorrateira, astuta

Sugere venenos mentais, sentimentos nefastos

Não se declara, pois sabe que não é querida

Destrói reputações, tem prazer no cair do alvo

Mente no seu disfarce, rouba viço e deprime

Avarenta, não percebe que seu esforço de ajuntar é vão

Mais apoucado que seu espírito, só outro igual

 Com dentes cerrados, sem sorriso, pois triste é

Não tem prazer e seu desprazer inocula no desatento

Vive no escuro da alma, não conhece a luz do sol

Reflete seu rosto no rosto de quem brilha

Rouba-lhe a alegria, que pouco tempo vive

 Envenena a si mesma na solidão do seu rancor

Constrói um labirinto sem saída

E não descobre quem de verdade é

Se soubesse, viveria seu tempo

A cultivar o que de potente tem

E abandonaria o doloroso destino

De viver cativa sem ninguém

©Direitos reservados a Ala Voloshyn

 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

As Dores do Mundo

 


Você acredita que seja o único a carregar dores infindas? Acredita que todos seus desgostos são somente seus? Que deve ser tratado com cautela, por seus embates internos? E que todos devem se calar para respeitar suas dificuldades?

Acredito que acredita, mas eu não acredito! Nem em você, nem em seu privilégio de sofredor.

Dores, desafios, discórdias, perdas, frustrações, tudo, mas tudo mesmo faz parte da nossa vida! E não é somente o que nos desagrada, mas o que nos traz satisfação também.

Por que ressaltar o que dói ou doeu? Por que não compreender o que se aprendeu? Ou nada foi percebido, só ficou o lamento?

Todas as vivências trazem em si um ensinamento, uma possibilidade de crescimento, evolução, sejam elas agradáveis ou não para nós. O mais importante é o que aprendemos, o que superamos, o quanto nos tornamos melhores, não é? É certo que nem sempre nos aperfeiçoamos, às vezes encruamos, acentuamos nossos aspectos mais grosseiros, mas isso é porque teimamos em não aprender, penso eu!

Ao olhar apenas por um ângulo da experiência e não perceber o todo é perder boas oportunidades de aprimoramento. Acha, não? Eu acho!

                          ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Como Telhas Estilhaçadas

 

Um dia, desses dias comuns, em que nada de novo acontece, saí de casa pra resolver algumas coisas sem grande importância, presenciei algo que dei muita importância!
Um homem saía de uma casa carregando uma pilha de telhas antigas, inteirinhas, que vi! E na minha frente, sem dó nenhuma, jogou numa caçamba aquelas telhas com desprezo, que percebi no seu rosto. Num barulho grande, todas estilhaçaram e ficaram ali, naquela caçamba, em pedaços sem fim.
Era uma casa em reforma e mudavam todo o telhado. Mas aquelas telhas velhas estavam inteirinhas! Por que não as deixar empilhadas à beira do muro, para alguém poder usá-las? Fariam um bom telhado ainda!
Aí fui longe, comecei a pensar em nós, humanos. Não agimos da mesma forma em nossas relações? Quando alguém deixa de ter importância não é o que fazemos? Jogamos fora, como as telhas estilhaçadas na caçamba? Com desdém, porque não nos serve mais? Não tem mais valor!
Se olhamos para o outro como meio para alcançarmos algo, ele é apenas um utilitário, e só tem relevância quando nos convém, né? E depois de usado, é só jogar fora, com desprezo, pois não tem mais serventia, né?

                                              ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Observe Melhor

 

Fique longe

daqueles que não preservam

uma amizade verdadeira.

Buscam realizar

apenas seus interesses,

sem se importar com o outro.

Observe melhor

quem você permite

estar ao seu lado.


              ©Direitos reservados a Ala Voloshyn

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