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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Quanto Mais Likes, Melhor!


Preocupa-se com a opinião do outro a seu respeito? Interessa-lhe saber o que pensam sobre suas atitudes? Interessa-lhe ser bem visto, admirado? Elogios lhe são importantes? Seu grau de popularidade é assunto que tem em particular preocupação? Ou seja, você é um dependente de likes? Alguns são dependentes químicos, mas você não, longe disto! Afinal o que pensariam os outros? Certo?
Por que é tão importante ser uma pessoa admirável? Já parou pra pensar? A quem quer agradar ou a quem quer enganar? Pois quem demais se empenha em manter uma imagem limpa e inquestionável, algo precisa esconder! Talvez suas falhas, verdadeiras intenções, seu descompromisso, dúvidas, fraquezas, manias. Ou é aquele velho truque de fugir das reações menos agradáveis, dos questionamentos frontais, das responsabilidades negligenciadas. Não deixa de ser uma estratégia pra obter o que se almeja, pois uma boa imagem pode abrir portas! Evita-se contratempos, consegue-se mais depressa. Mais gente o admirando, mais gente colaborando, certo?
É muita camuflagem por metro quadrado, não acha? Esconde-se demais por baixo do tapete aquilo que não é tão bonito e mostra-se o que é conhecido, polido e que tem aprovação da maioria. Muita encenação e pouca transparência. 
Mas, pensando bem, de uma certa forma estou sendo muito austera com você! Se analisar com rigor, posso colocar todos neste barco, pois uns mais outros menos carregam certa necessidade de aceitação e por isso preocupam-se com a opinião do outro a seu respeito. Mesmo porque cada um tem lá suas questões internas pra resolver!
Mas não seria bom resolver estas questões internas pra depender menos do outro ou não precisar manipulá-lo? Ou melhor, não precisar fingir ser um cara legal, só pra não ter que transformar suas dificuldades?
Pode fazer de conta que é de um jeito e não de outro, pode agradar pra receber, pode treinar algumas atitudes admiradas pra ser aceito e "amado". Pode o que quiser, quem irá impedir? Ninguém, garanto que ninguém tem este poder. Somente você pode escolher ser diferente! Com força de vontade encarar-se e crescer o suficiente pra ter motivos pra confiar em si e não mais precisar se apoiar em alguém.


© Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Eterna Luz

Mesmo em momentos onde a escuridão assombra,
há uma Luz que jamais se apaga...
Mira dentro de ti. 

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Minha Boneca

Tenho uma boneca. Não faz muito tempo. Na verdade, vi uma igualzinha com uma amiga, que mostrou-me uma linda boneca de sua paciente. Fiquei encantada! Depois de umas semanas, para minha surpresa, encontrei "minha boneca"!
Não é uma boneca qualquer. Tem dois atributos que gosto muito: é uma caixinha de música e bailarina!
Você deve estar pensando, por que uma mulher de sessenta anos se encanta com uma boneca? Mas é que você não entendeu que ela é especial! Todos nós temos algo que consideramos especial. Para mim é esta boneca, pelo significado que representa. Ela simboliza um sonho de infância!
Quando eu era menina, queria ser bailarina. Este era meu sonho, meu encanto, minha vontade mais forte. Vivia dançando pela casa, fingindo ser uma bailarina em cima do palco. Conseguia até imaginar a música e dançar seguindo seus compassos. Adorava as roupas, sapatilhas, enfeites de cabelo! Tudo, tudo me fascinava! Via-me adulta num corpo de Ballet. Assim passei algum tempo, imaginando e dançando minhas coreografias, mas ninguém me dava atenção. Ninguém mesmo! Minha mãe, sempre atarefada me tinha pelas costas, meu pai cansado do trabalho, dormia na poltrona enquanto eu dançava para ele. E assim, meu sonho ficou no mundo dos sonhos. Jamais o realizei. Outros sonhos vieram, mas o mais importante ficou guardado dentro da menina, que sonhava ser bailarina.
Anos e anos se passaram e eu sempre trazendo em meu coração a bailarina que não saiu de dentro de mim. Por isso não é difícil de compreender porque fiquei tão encantada com minha boneca, caixinha de música/bailarina, quando a encontrei! Ela representa muito para mim.
O mais interessante disso é que só agora, bem agora, depois de tantos anos é que fui me dar conta do por que não realizei este sonho. Simples! Eu nunca fiz nada por ele! Eu nunca disse aos meus pais que queria ser bailarina. Eu nunca pedi que me colocassem em uma escola de ballet. Eu nunca expressei meu sonho! Como poderia realiza-lo?
Hoje minha boneca está perto de minha mesa de trabalho, bem visível, para que eu nunca me esqueça daquela menina que fui. Que deixou seu sonho morrer. Para me lembrar em não mais repetir isto! Por isso hoje fidelizo, com muita categoria e convicção, um outro sonho que trago em meu íntimo. Faço o melhor que posso para realiza-lo. Não o deixarei morrer! A maturidade traz consigo a responsabilidade de não deixar o tempo passar, sem que se faça exatamente o que determina o coração!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 26 de julho de 2016

Depressão


  Talvez uma das experiências mais marcantes e aterradoras seja a depressão. Estado de ser que assusta pela sua força quando se manifesta. Não é tristeza, não é desânimo, não é desesperança, não é falta de sentido à vida, não é dificuldade de discernimento, não é medo da morte, não é medo da loucura, não é insônia, não é falta de apetite, não é falta de prazer, não é ansiedade. É tudo isso ou quase tudo isso, junto. É um esgotamento físico e psíquico, que dá estes sinais antes de atingir seu grau máximo, mas que muitas vezes não nos damos conta. Vamos tentando disfarçar, compensando com um prazer ou outro, mas é fato que, se não fizermos algo para mudar esta rota, um dia teremos que parar compulsoriamente pelo profundo desgaste, pela falta de forças para viver ou querer viver. 
  E por que chegamos neste fundo do poço? Os motivos são vários, mas talvez seja plausível dizer que por razões pessoais nos distanciamos do sentido da própria vida. Parece que por muito tempo não vivemos a vida que nossa alma precisa ou que vamos nos sobrecarregando, sem dar importância a nós mesmos. Vamos nos colocando de lado, enclausurando nossas vontades mais importantes, fazendo concessões, deixando tudo vir em primeiro lugar. Permitindo violências contra nós, nos deixando contaminar por pessoas e ambientes insalubres, sendo displicentes com nossa saúde em geral. Assumindo papéis megalomaníacos, que ilusoriamente nos colocam no topo da sociedade.  Não contando com os traumas emocionais que não conseguimos superar, deixando a alma doer.
  Quando a depressão se instala, não tem jeito, é preciso procurar ajuda profissional e aí pode começar um calvário se os profissionais escolhidos não forem o suficiente competentes e isto pode significar, conhecimento falho ou excesso dele, falta de sensibilidade, prepotência, despreparo emocional, enfim, se não houver competência tudo pode ser muito mais sofrido do que deveria. As pessoas que nos acompanham na vida, sendo parentes e amigos podem não ser os melhores companheiros nesta hora, por imaturidade ou falta de experiência no assunto. São poucos os que conseguem suportar a dor do outro e se solidarizar.
  Então, não querendo desanimar ninguém e já desanimando, só quero dizer que se você se vê em depressão e tem a sua frente um médico que não se interessa pela sua vida e pelas razões que o levaram a este ponto, se não olha nos seus olhos e lhe ouve, se tem um comportamento opressor, se não lhe dá nenhuma chance de procura-lo quando não se sentir bem com a medicação prescrita, procure urgentemente outro, seja ele um psiquiatra, psicólogo ou de outra especialidade que você tenha escolhido. Não se demore, procure quem lhe transmitir segurança, acolhimento e abordagem correta no seu caso. Os prepotentes que não se interessam por você e o veem como um caso típico, não conseguirão ajuda-lo.
  Mas o melhor mesmo é não chegar a este ponto e para isso é fundamental procurar viver a seu favor, dando-lhe espaço para escolher o que o faz se desenvolver, expressar seu intimo, se reciclar. Não deixe suas emoções aprisionadas dentro de si. Considere-as, para serem educadas, acolhidas, resolvidas, transformadas. Viva o que lhe faz bem, de verdade, não se coloque na obrigação de escolher um lado para ficar, escolha ser quem você é. Seja honesto consigo mesmo e terá coragem para se assumir. Não engula o que lhe faz mal. Deixe o outro ser como ele bem entender, releve, não se perca nele, siga em frente, apesar das decepções. Cuide-se, companheiro! Preserve sua saúde física, investigue os desequilíbrios. Ame-se. Não viva a vida em vão. Não espere a depressão chegar e intima-lo a viver a sua vida!
  Paz interna, companheiro! Paz!
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

*Foto da Ilustração: Internet

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Tire as Rodas da Calçada

fonte: Internet

Moro numa rua bem movimentada. Toda hora é carro, ônibus indo e vindo. Os pedestres precisam tomar cuidado. Paciência é o que não pode faltar quando se quer entrar ou sair de carro. São claros os desafios de cada um!
Do lado oposto de casa há um prédio, com apartamentos e comércio de diferentes especialidades. Um dos comerciantes é o pivô da história que vou lhe contar.
Já fazia um bom tempo que encontrava um carro estacionado em cima da calçada de casa, muitas vezes o dia inteiro e em alguns finais de semana, inclusive. Certa vez, deixei um bilhete no para-brisa avisando que o carro poderia ser guinchado, pois calçada é para os pedestres. É previsível que não obtive sucesso com isso. Num outro momento perguntei para um vizinho se sabia a quem pertencia o veículo e logo soube que o proprietário era um comerciante dali.
Passado um tempo, ao sair de casa vi a cena de sempre e desta vez o comerciante. Não esperei e fui até ele perguntar se o carro que estava em cima da calçada era dele. Logo me respondeu com ar de pouco caso:
- Sim!
- Por que você deixa seu carro parado em cima da calçada? - perguntei.
Ele me olhou como se eu fizesse a pergunta mais idiota, de resposta mais óbvia que se poderia imaginar:
- Ué, porque é mais seguro! - respondeu de imediato.
Eu, acredite, não me espantei com a resposta, já supunha algo parecido. Só não esperava que fosse tão sincera.
- Mas e os pedestres? - continuei.
- Ora, tem muito espaço para os pedestres! - apontando para a rua.
Aí, não deu pra acreditar!
- Que espaço? - falei.
Pensei que aquilo não podia ficar daquele jeito e emendei uma observação:
- Você sabe que calçada é para pedestre? Não sabe que é proibido estacionar o carro em cima da calçada? Pode ser multado e seu carro guinchado?
Então ele me olhou com total deboche, sem acreditar que eu pudesse fazer algo naquele sentido.
Claro, que não deixaria a conversa morrer ali e não deixei:
- Se não sabe precisa aprender e sei como pode ser!
Saí andando e o deixei pensar o que bem quisesse. Sua reação poderia ser qualquer uma, não havia como prever! Mas sei que daquele dia até o momento em que escrevo já se foram sete dias e ele não deixou mais seu carro em cima da calçada! Se continuará assim, não sei, mas estou certa de que se voltar a fazer o que estava acostumado terei que partir para o plano B: ligar para 190.
Parece um caso trivial e sem importância, mas não é. Quantas vezes observamos algo de errado e não nos manifestamos, não damos um limite? Quantas vezes reclamamos para alguém, menos para aquele que deveria ouvir nossa queixa? Quantas vezes deixamos algo abusivo passar, porque não acreditamos que podemos impedi-lo?
Só quis dar um exemplo real, para reforçar que é possível sair do nosso omisso conformismo seguro e agir! Penso que é como numa partida de xadrez: dependendo da peça que movimentamos e da posição em que a colocamos podemos mudar o jogo. Isto é, tudo depende da nossa atitude. Se cada um tomasse conta do seu quadrante e agisse em prol do bem comum, não visando somente o interesse próprio, seria muito melhor viver em comunidade.
Não precisei fazer escândalo ou mostrar um poder que não tenho. Fiz apenas um questionamento e deixei claro que não ficaria indiferente, foi só isso e tudo isso!  

 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Com a Cara Grudada no Umbigo


Você conhece alguém que tem a cara grudada no umbigo? Eu conheço!
Ele não é estranho não, se é que imaginou que fosse! É um sujeito comum, bem mais comum do que pode pensar. Aliás, é o que mais tem!
Ele costuma avaliar o que está ao seu redor a partir de uma visão, a sua. Tudo é como pensa, acredita e sente. Seus valores se baseiam nas próprias opiniões e por isso seu julgamento é unilateral, porque, lembre-se, ele tem a cara grudada no umbigo! De nada adiantará você argumentar, tentar mostrar que não é bem assim como ele diz. Sua opinião será a que lhe convier ou melhor, a que enxerga. Você pode se esforçar o máximo (não se esforce tanto), adiantará muito pouco, pois o sujeito dará um jeito de reverter tudo para o seu umbigo e assim você ficará com a sensação de que fala com uma parede. E fala!
Desista ou melhor, assuma que está diante de um cidadão que tem a cara grudada no umbigo. Que compreende a vida a partir de sua restrita observação. Que seu ego é do tamanho de um trem e que por isso não enxerga muito longe. Não se atrapalhe com ele, deixo-o como está. Se ocupe de outras coisas, fale com quem o escuta de verdade. Não gaste energia mais do que deve. Evite sentir-se um zero à esquerda perto dele, pois a frustração de não ser ouvido pode fazê-lo acreditar que não tem importância. Nada disso! É só um jogo. Uma forma de viver a vida, sempre se esquivando do que incomoda. Desta forma ele não cresce, mas é uma opção! Não deve ser a sua, se quiser viver mais amplo.
Estar em grupo é poder tolerar diferenças que às vezes geram danos, eu sei, mas é melhor conseguir conviver com estes sujeitos que tem a cara grudada no umbigo e não desistir de si mesmo, pelo cansaço que podem causar. Não desistir do seu próprio plano de vida  e investir com atenção na sua evolução, que também é chamada felicidade.
A natureza não dá saltos e por isso dê uma trégua  e deixe que cada um decida como quer viver. Siga em frente driblando sujeitos que tem a cara grudada no umbigo, porque a vida é muito mais que tudo isso que encontramos pelo caminho. É muito mais que essa Torre de Babel de cada dia dos nossos dias.
Boa sorte pra ti que eu vou tentando daqui!
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 20 de maio de 2016

O Câncer Nos Braços da Mãe

foto da Internet

Não há nada mais impactante que receber a notícia de um câncer, especialmente quando se trata de seu filho. Não quero me aprofundar na questão do que isto significa para o paciente e o quão forte é para ele a vivência da luta pela vida, especialmente se não estiver na infância, pois parece que as crianças tratam com mais leveza este desafio. Quero aqui mergulhar na posição da mãe.
Quando nos defrontamos com mais esta lição da vida, todos naturalmente se voltam para aquele que vive a doença, mas muitas vezes a mãe que está junto, não recebe os cuidados como precisa.
Nós mães nos colocamos em posição de luta sem limites, fazemos tudo o que está ao nosso alcance, damos nosso tempo e energia para que o filho consiga vencer todos os desafios que encontra neste caminho, tão estreito e difícil. A angústia, o medo, a insegurança e a necessidade de confiar no médico e sua equipe são inevitáveis e intransferíveis. Igualmente importantes são a esperança, fé, coragem e tenacidade. E tudo isso é vivido pela mãe também, que muitas vezes não se atenta para si, só quer lutar e vencer com seu filho.
Nem sempre recebemos o apoio e cuidados que merecemos. Nem sempre há sensibilidade e habilidade à disposição para o amparo. Nem sempre desconfiamos que podemos adoecer pelo desgaste físico, mental e emocional que vivemos, por tempo às vezes longo demais para nossa vontade. Só queremos ver nosso filho à salvo. Só queremos que ele consiga absorver uma das maiores lições da vida que uma doença pode nos dar.
Vida! Sim, vida, pois o câncer nos mostra claramente a importância de cuidarmos do nosso corpo, das nossas emoções, ações, pensamentos, ambiente, relações. Nos mostra a amplitude de nossa força, fragilidade e o quanto a vida é o maior bem que temos.
Deixar a vida passar sem nada acrescentar de importante é não lhe dar a devida atenção. Deixar a vida passar vivendo-a no automatismo da rotina é não saber o quanto temos a aprender.
Viver junto ao filho todas as emoções e desafios que uma doença deste porte pode nos dar é lutar como mulher, que recebe da natureza a incumbência de conduzir e manter a vida protegida. Quando nos tornamos mães sabemos bem lá no fundo do nosso coração o que isto significa e é este coração que sofre a agressão pungente e nos faz reagir instintivamente defendendo uma função que pela vida temos que realizar.
Por tudo, peço por atenção e cuidado às mães guerreiras, para que a luta não seja solitária. Somos feitas de carne, ossos, nervos, emoções e nossos limites como seres humanos são reais, mesmo que não nos importemos com isso. Pela urgência dos fatos podemos não nos dar a necessária atenção e, inclusive por isso, precisamos de apoio, pois o combate é forte.
Sei que sairemos melhores disso, mas a solidariedade faz toda diferença nesta trilha que chamamos vida.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Teu Ronronar


deita no meu colo
me aquece
teu ronronar
me faz sonhar
em paz fica minha alma
ao te afagar





 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 29 de março de 2016

Reclama!


Quem reclama repetidamente, clama repetidamente. Quem clama repetidamente busca alguém que resolva sua queixa. A matemática é simples.
Quem reclama parece que está fazendo alguma coisa, mas na verdade não está! Parece, mas só parece!
Comece a observar como você se sente quando reclama e como está sua vontade para dobrar as mangas e fazer algo por aquilo que o aflige. Aposto que a vontade de agir é nula e a esperança de que alguém se sensibilize por você e faça algo é grande. É ou não é?
Pois então, é aí que reside o núcleo da questão! Se deseja que algo realmente mude, terá que fazer por isso.
Se quer ver diferença naquilo que o incomoda precisará mudar a situação. É como numa partida de xadrez, quando mover uma peça dará um curso ao jogo e dependendo da jogada que escolher poderá mudar totalmente a situação. Se quer mudança, terá que agir para provocá-la. Não adiantará esperar por alguém para dar uma solução. Ele pode não vir e você correrá o risco de perder muito tempo nesta sua preciosa vida e tempo não é para se perder!
No começo a empreitada pode parecer grande demais, afinal os nossos problemas sempre nos parecem maiores do que são, pois estamos neles e se soubéssemos resolvê-los não seriam problemas. Não é?
Nem tudo está perdido! Se começar de onde está, com pequenos movimentos até que tome força e vá ampliando sua zona de ação, eu aposto que logo deixará de reclamar, porque agir na direção de uma solução dá uma enorme satisfação! Acredite em mim, traz um alívio bem maior que aquele que você sente quando compra um mimo pra si em desespero de causa!
Acha que muita gente é egoísta? Então comece a perguntar para quem está à sua volta como ele está. Diga um "bom dia", de coração. Ajude no jantar de hoje. Apresente uma solução para o cafezinho da tarde na empresa em que trabalha. Seja voluntário num lugar onde precisam de calor humano. Seja você um egoísta a menos! Faça você o que deseja ver realizado! Do micro pro macro, simples assim.
Se cada um fizer no seu ambiente o que deseja ver de melhor, aposto que muita coisa melhorará pela ação individual, sem buscar salvadores da pátria, pois afinal, já atingimos a maioridade ou não? Será que ainda precisamos ser tutelados e levados pela mão até onde queremos? Não acredito nisso ou pelo menos, não quero acreditar!
© Direitos reservados a Ala Voloshyn





 


 
 

domingo, 13 de março de 2016

Tédio



a homogeneidade
é tão plana
tão previsível

que

entedia!




 

© Direitos reservados a Ala Voloshyn









Texto também no meu canal do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=IoxsRtPdqr4

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Love You


Não existe combinação melhor que arroz com feijão, café com leite, sorvete com chantilly e mulher insegura com homem covarde!
Sim, mulher insegura com homem covarde! Quando formam um casal não faltarão raios e trovões nesta relação. Ela o controlará nos seus mínimos passos, será ciumenta, e ele a obedecerá, pois mesmo que não demonstre sua covardia, pensa como um covarde ou seja, tentará a todo custo salvar sua pele e acatará as ordens recebidas.
Se você for um amigo em comum deles, é melhor elogiá-los como um casal ideal, mesmo que não pense assim, é melhor não cutucar a onça com a vara curta, pois ambos podem até se queixar do outro nos seus ouvidos, mas ao se verem ameaçados, imediatamente se protegerão, preservando a relação, podendo até se voltar contra você se resolverem colocá-lo na posição de perigo. Costumam manter um pacto não verbal de preservação e para isto defenderão sua união.
Defendem-se, pois lá no fundo precisam um do outro. Ela, pela insegurança, sente-se forte quando controla e ele, sendo um covarde, precisa de alguém que lhe dê ordens para não correr o risco de "errar". Mas não se engane, este sujeito não merece confiança, poderá na frente dela aceitar o controle, mas por trás, dará suas investidas no que lhe convier. Afinal, um covarde é especialista em fazer pelas costas!
Tudo permanece igual, até que alguém enjoe da brincadeira e resolva crescer. Aí a encrenca é grande, pois a outra parte, se não quiser evoluir, fará todos os esforços para manter o status quo da relação e assim a briga fica boa de assistir! Por isso, pelo trabalho que dá, esta luta não costuma acontecer de forma espontânea. É muito confortável estar sob a guarda de alguém. No entanto, às vezes a vida dá uns cutucões pra ver se crescem, gerando desconfortos e situações inesperadas, mas eles são fortes o suficiente para resistir às mais intensas tempestades e podem continuar juntos, quase simbióticos. Ela dormindo com seu vestido de noiva, para não ser esquecida como "a eterna noiva" e ele ficará ao seu lado, guardando-a, como a si mesmo.
Duvido que alguém consiga interferir nesta relação! A mútua dependência mantém o reino sob guarda permanente!
E salve-se quem puder!
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Vambora!

O leviano escreve livro para infância.
O tolo se torna influenciador de opinião.
O mentiroso vende afirmando que usa em casa.
O amigo se torna inimigo, porque mudaram seus interesses.
O representante comercial da editora se diz contador de histórias.
O da lei pensa que pode transgredir a lei.
Meu gato apanha da minha gata.
A cinquentona ainda dorme com seu vestido de noiva, já amarelado.
Meu primeiro namorado não consigo mais reconhecer.
O médico faltou na aula de ética.
O psicólogo desequilibrado se diz psicoterapeuta.
O psiquiatra não consegue dormir uma noite em paz.
Meu vizinho me acha estranha.
E eu lavo louça do jantar todas as noites, para não ter que de manhã olhar para sujeira do dia anterior.



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