PESQUISE ESTE BLOG

DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Da alma

Vejo tanta bobagem com roupagem de intelectualidade.  Coisas feias, sem nenhuma estética mesmo, aplaudidas como arte ou liberdade de expressão. Há os que usam a calunia como usam suas calças, todos os dias, como meio de atingir seus objetivos sórdidos e bem pequenos, porque tudo que tem o egoísmo como motivo é pequeno, sem graça e efêmero. As ideias que sustentam a vida são muito mais interessantes e magnânimas! Uns se orgulham de sua religião ou colégio iniciático, acreditando que isto os enobrece, mas cospem no chão na primeira esquina, com cuidado para não serem vistos. A ética se arrasta pelo chão. O medíocre, o mal, o mau, se acotovelam na multidão. Gente torpe adquire notoriedade às custas de quem lhes oferece o ombro, por ingenuidade ou troca de favores.
Vixe! Todos tocam a mesma toada? Não! Mas onde estão os que não se afinizam com essa baixeza humana? Calados? Escondidos? Solitários? Indignados? Enfraquecidos? Desanimados? Endividados? Onde estão, que não surgem para fazer frente e assumir sua ética e potência? Onde estão que deixam esta corrente mortífera passar impune e se fortalecer a cada ato? Onde?
Se a omissão imperar entre aqueles que podem contribuir para a elevação humana, não mudaremos nada. A destruição invadirá cada espaço que se encontrar vazio e descuidado.
Qual o seu compromisso com o que é bom, belo, evolutivo? Quantas atitudes assume a favor do crescimento de todos? Quanto insiste em não abandonar seu posto de ser humano digno de sua espécie? Quanto  ainda irá reclamar da sujeira a solta e não fazer nada para imprimir novo rumo ou pelo menos não permitir que esta lama invada um espaço maior? Quanto ainda irá se queixar de solidão e não se unir àqueles que compactuam com o elevado também?
A omissão é tão indigna quanto a falta de ética, egoísmo e a brutalidade espiritual.
Ficar no seu quintal, cuidando das flores do seu jardim, sem olhar para o que o cerca além de suas fronteiras, pode não ser suficiente para imprimir colorido e luz ao cinza que nos oprime a alma.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Por causa dos inhames

Num dia chuvoso, já final de tarde, no supermercado eu escolho inhames. Dizem que faz bem ao sistema imunológico. Não gosto do sabor, mas se for pra reforçar o sistema imunológico, que importa o gosto!
De súbito ouço uma voz. É a mãe que chama sua filha pequena que se afasta dela, numa alegria que não falta a uma criança. A mãe dedicada e cuidadosa não espera e logo usa em voz alta um argumento bastante conhecido, poderia dizer, tradicional:  "filha venha pra cá, olha a bruxa, ela vai te pegar, tá lá no cantinho, vem pra cá, corre!" A pequenina fica em dúvida por um instante, mas logo vai na direção da mãe, que olha vitoriosa e segura de si. Foi fácil, nem precisou de muito esforço.
Ah, se a menina soubesse que a mãe mente! Descaradamente mente! Mente, porque não tem consciência da potência do veneno de suas palavras. Mente, porque a preguiça toma conta do seu ser. Mente, porque não pensa no que acontece lá dentro da cabecinha desta pequena, que registra a informação. Mente, porque duvida de sua própria inteligência. Mente, porque se recusa a decidir por outra forma de agir. Mente, porque está acostumada a mentir.
E a menina? Aprende bem depressa a não acreditar em si, no seu discernimento, percepção, intuição. Também aprende a mentir, além de fixar o fato de que bruxas costumam andar pelo supermercado em dias chuvosos, preferencialmente em fins de tarde e se esconder pelos cantinhos!
Menina! Não acredite! Sua mãe mente! Descaradamente, mente!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Vontade de viver

Hoje acordei com vontade de viver!
Existem escolhas que nos fazem nascer.....pra nossa vida!
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

*Ilustração: Imagem do Cirque du Soleil

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Com olhar limpo




Com "olhar limpo" significa não esperar ver o de sempre. É abertura para enxergar o que ainda não se viu.
Estamos tão habituados a olhar do mesmo jeito, que ficamos cegos pelo que temos na memória. Levamos a vida no automático e como se isto não bastasse, queremos arrastar uns tantos outros para o mesmo lugar, com alegação de que é o correto!
O que é o correto? O que sempre acontece da mesma maneira? Ou o que ficou definido como correto? E pensar que muita gente já foi pra fogueira por querer enxergar além! Coisas de seres humanos que pensam que sabem de tudo! Não é?
Com "olhar limpo" quer dizer, não nutrir expectativa, não esperar ver o que já se viu. É estar pronto para o que está lá, só precisando de atenção pra se revelar.
Se enxergarmos sempre do mesmo jeito, acreditando estarmos seguros e afastados do inesperado, nada evolui. E se como isto não bastasse, desgastamos quem está ávido por novos horizontes, pois quem pensa que sabe como deve ser, além de ter grandes chances de estar enrijecido, se vê no direito de importunar o outro com seu cabedal de dogmas.
Nutrir expectativas e buscar somente o que se determinou é engessar, limitar, separar, errar, enganar, agredir, desestimular, perder.
Estar pronto para olhar, com intenção de descobrir é aproximar, solucionar, aprender, escolher, se aprofundar, evoluir.
É um exercício constante esta coisa de se lançar na vida como uma criança que deseja ver tudo e aprender sem parar. É uma escolha e ousaria dizer que é uma libertação.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Simples!

uns me chutam
outros acolhem
vida!
adoro


                 

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Ser



 meu maior erro
foi ter acreditado 
em quem 
não acreditou em mim 
não há motivo 
para não acreditar 
há todos os motivos 
                   para ser

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 20 de junho de 2017

sábado, 17 de junho de 2017

Venenos Mentais

Quantas ideias a seu respeito são realmente suas? O quanto se conhece para identificar o que é verdade e o que não é?
Entre tantos que circulam em sua vida há inúmeras mentes a se comunicar com a sua. Alguns deixam claro o que pensam, mas nem todos e até aí nada a preocupar. Entretanto, existem indivíduos bastante nocivos para a saúde mental de quem permitir. São aqueles que plantam venenos mentais.
Astutos, eficientes, pelo repetido uso de sua “técnica”, inoculam, sem que se perceba, venenos poderosos. Quem nunca ouviu frases como: 
"Você está bem, mesmo?"
"Mas escreveu só isso?"
"Ainda bem que seu carro é mais velho, não terá grandes prejuízos quando bater!"
"Me preocupo com você, se não conseguir fazer, avisa."
"Quando for mais velho saberá."
"Pense bem!"
"É muito difícil!"
"Cuidado!"
"Emagreceu, tá tudo bem?"
"A vida tá boa, engordou!"
"Posso ajudar um pouco mais, mas já estou cansado."
"Veja bem, fulano me parece estranho com você!"
"Eu sempre fui mais independente, mesmo!" 
E assim por diante, sempre dando a impressão que algo está errado.
Quem está de bem consigo mesmo, não precisa destilar venenos, disfarçado por uma aparente boa vontade, que é só aparente, pois de fato mente, e através de uma sugestão subliminar mantém suas garras bem afiadas para se sobressair ou encobrir seus defeitos causando crenças de inferioridade no outro.
Cada vez que sentir insegurança, inferioridade, incapacidade, medo, dúvida, inadequação ou qualquer coisa do gênero diante de alguma observação ou comentário, é melhor avaliar com bastante atenção sem dar vazão à emoção,  se o que lhe está sendo sugerido se trata de uma contaminação.
Seja inconsciente ou não, o efeito da sugestão é igual, mas pode ser diferente para quem analisa e não aceita o veneno em sua mente.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Adeuses


Adeuses de minha vida
Que não pude evitar
Apenas viver

Adeus mãe
Adeus Anna
Adeus Paniko
Adeus Alexandre
Adeus Fernando
Adeus Eliza
Adeus filho que não segurei no colo
Adeus amigo fiel
Adeus pequeno King
Adeus pequeno Max
Adeus Nilo
Adeus Clarinha 

Adeus

Adeus sonho perdido
Adeus noites infindas
Adeus vida pequena
Adeus terra distante

Adeus 

Fizeram parte de minha vida
Fizeram meu coração bater
Fizeram meu sorriso
Fizeram minhas lágrimas
Fizeram minha esperança
Fizeram meu adeus

Adeus

Sem perguntas

Adeus


* Acesse o link para ouvir o poema:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/adeuses 

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Saiba

não procure o lugar
saiba o que procura
e o encontrará
em qualquer lugar

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Por um Sorriso Seu



Nem sempre o sol brilha sobre nossa cabeça. Tem dias que é só tempestade com ventos fortes, que podem assustar até os mais experientes. É um vai e vem sem fim. Se estamos de um lado, logo virá seu oposto. O pêndulo da vida, justo em seu movimento, nos traz vivências que se alternam. Se um dia rimos, em outro choramos e assim é em tudo, opostos se completam.
Quando estamos em dias favoráveis, onde tudo chega a nosso favor, estamos bem, alegres e confiantes, mas quando os obstáculos surgem a colocar à prova nossa capacidade para a vida, nem sempre a reação é digna de admiração. Podemos mostrar o lado B de nosso ser. Demonstramos irritação, agressividade, desânimo, insegurança, mesquinhez, tristeza, paranoia e algo mais do estilo. O mundo fica cinza e os dias parecem intermináveis. E por quê? Qual a razão de não gostarmos dos desafios e do inesperado que não controlamos? Por que mudamos o comportamento? Pode ser diferente?
Pode! Se encararmos as dificuldades como bênçãos a nos impulsionar para o autoconhecimento e desenvolvimento. Um quebrar da casca da noz. Obviamente, quanto mais dura a casca mais forte precisa ser a pressão para quebrá-la!
E se houver uma postura confiante e tolerante nos momentos difíceis? Sob a convicção de que nada dura para sempre e de que se mergulharmos nas circunstâncias com vontade de aprender e melhorar como ser humano, tudo é ótimo, mesmo que o gosto não nos agrade. Há remédios amargos que nos fazem bem!
E então, posso esperar por um sorriso seu? Naqueles dias nublados, posso vê-lo tirar o melhor proveito de tudo e crescer? Viver seu tempo como quem saboreia uma deliciosa fatia de bolo, bem devagar, pra sentir, pra saber o seu gosto, textura e aroma. Com atenção, grato por estar vivo com uma oportunidade, muitas vezes, para mudar uma rota gasta e obsoleta. Olhar para o belo e se encantar, se deixar levar pela beleza de uma flor, pela magnitude de uma árvore ou pelo miado delicado de um gato a ronronar ou o sorriso de um velho cansado. Ver o belo em tudo, pois existe o belo em tudo! Basta limpar o olhar pra enxergar.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn


sábado, 29 de abril de 2017

Silencie

quando não souber onde está pisando
quando não souber quem está ao seu lado
entre figura e fundo
seja fundo
e perceberá a figura  

*Ouça o poema no SoundCloud
Acesse o link:

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 7 de abril de 2017

"O Rato e a Caçadora de Ratos"


 Diz um conto inglês (*):

"O rato foi visitar a gata e a encontrou sentada atrás da porta da sala fiando.

RATO
O que está fazendo, minha senhora, minha senhora
O que está fazendo minha senhora?
GATA (ríspida)
Estou fiando velhos calções, meu bom rapaz.
Estou fiando velhos calções, meu bom rapaz
RATO
Que você possa usá-los por muito tempo ainda, minha senhora
Que possa usá-los por muito tempo ainda, minha senhora.
GATA (de mau humor)
Pretendo usá-los até gastá-los, meu bom rapaz
Pretendo usá-los até gastá-los, meu bom rapaz
RATO
Eu estava varrendo minha sala, minha senhora.
Estava varrendo minha sala, minha senhora.
GATA
Quando mais limpo melhor, meu bom rapaz.
Quanto mais limpo melhor, meu bom rapaz
RATO
Achei uma moeda de prata, minha senhora
Achei uma moeda de prata, minha senhora.
GATA
Quanto mais rico melhor, meu bom rapaz
Quanto mais rico melhor, meu bom rapaz
RATO
Fui ao mercado, minha senhora
Fui ao mercado, minha senhora
GATA
Quanto mais longe melhor, meu bom rapaz
Quanto mais longe melhor, meu bom rapaz.
RATO
Comprei um pudim, minha senhora
Comprei um pudim, minha senhora
GATA (rosnando)
Quanto mais comida melhor, meu bom rapaz
Quanto mais comida melhor, meu bom rapaz
RATO
Coloquei-o na janela para esfriar, minha senhora
Coloquei-o na janela para esfriar, minha senhora
GATA (muito zangada)
Tanto mais depressa poderá comê-lo, meu bom rapaz
Tanto mais depressa poderá comê-lo, meu bom rapaz
RATO (timidamente)
O gato veio e o comeu, minha senhora
O gato veio e o comeu, minha senhora.
GATA (mostrando as garras)
E eu vou comer você, meu bom rapaz
E eu vou comer você, meu bom rapaz.
(Salta sobre o rato e o mata)"

 Final previsível.....

Quem constrói o destino?  
Tantas vezes nos defrontamos com situações que mais parecem praga de mãe e damos a elas autoria a alguém. Nem desconfiamos que são resultado.
Resulta de escolha feita.
Quem comanda? O destino ou o autor?
O autor da própria jornada, que pode elevar ou da mesma forma degradar.
Autoria de quem escolhe, de fato!
Resta aprender e escolha diferente fazer.

(*)Conto extraído do livro “Contos de Fadas Ingleses”, seleção de Joseph Jakobs, Ed. Landy.

**Narro este conto no SoundCloud, clique no link para ouvir..

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 31 de março de 2017

Terminará

durante a tempestade mantenha-se firme no leme
tempestades não são para sempre

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 10 de março de 2017

O Tempo que Não Vivemos



A vida é complexa e é assim pela sua diversidade de oportunidades plenas para viver e aprender, com desafios, surpresas, benevolências, tristezas, alegrias. Tudo seguindo um ritmo compassado, sem nada pra tirar nem por. 
Mas nem sempre vivemos, embora o coração continue batendo e a respiração se nota. No físico estamos vivos, mas a alma mergulha num abandono sem piedade quando negamos oportunidades que não esperávamos, quando recusamos viver o que nos coloca em conflito, o que nos impele a lutar ou fazer escolhas, às vezes duras, mas necessárias. Quando afastamos quem não entendemos ou preconceituosamente rejeitamos. Quando dizemos palavras venenosas e pungentes para dilacerar um coração, por cólera ou orgulho. Quando abandonamos por medo de encarar o que nos parece perigoso e não enxergamos ali mais uma chance de evoluir e sair da mesmice neurotizante.
Desorganizamos a vida com olhar egoísta e por isso míope. Tanto pra viver, conhecer, aprender, por que então negamos o banquete generoso que nos é oferecido por puro amor? A vida é tecida com fios amorosos em toda manifestação! O amor impera nas circunstâncias, sejam agradáveis ao nosso ego ou não.
O que vale não é exatamente o que preferimos, mas o quanto conseguimos crescer na diversidade, generosamente posta, para  morrermos melhores do que quando chegamos a este mundo tão bem construído e amado. Para que possamos, cada vez mais, manifestar o belo e nobre do humano em nós. Sempre que destruímos novas vivências, por não identificarmos sua importância perdemos o momento precioso. Também é possível não permitirmos o resgate do que rejeitamos quando o quisermos, pois nem sempre haverá tempo disponível para isto.
Vivamos o que surge, é Vida!  


© Direitos reservados a Ala Voloshyn


segunda-feira, 6 de março de 2017

Foi Pouco

 O tempo foi pouco ou diminuímos o pouco que tínhamos?
Foi pouco e diminuímos o pouco que tínhamos.
Mas o pouco tornou-se muito
E o muito tornou-se para sempre.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Transformando o Feio em Belo


Nas atribulações, às vezes a cabeça fica confusa, cheia de pensamentos, uns belos e outros nem tanto! Nem sempre é possível manter a estabilidade interna. A alquimia entre mundos de dentro e de fora, de como estou e de como estão, pode resultar em turbulência emocional.
Inúmeras são as vezes que passei um bom tempo magoada, irritada, com sentimentos muito incômodos a meu respeito, com toda a gama de temperaturas de humor, por influência do externo ou seja, de pessoas, estando elas perto ou longe, o que não muda muito o resultado de dentro! A distância física não faz a menor diferença, o que vale é a vibração que sentimos dos sentimentos e pensamentos. Há vibrações que harmonizam e outras que causam repulsa.
Um dia muito cansada de sofrer com ações e reações de outros, cheguei a conclusão que tinha o dever comigo mesma de resolver esta questão. Me deixava levar por sentimentos venenosos ou transformava o veneno em remédio. Decidi que iria me esforçar no sentido da transformação do desarmônico em harmônico.
Essa escolha foi firmada numa situação doméstica bem comum. Num desentendimento, uma pessoa querida devolveu um presente meu, um quadro em que pintei uma árvore, porque adoro árvores e achei que seria um bom presente. Ao ver aquela tela arremessada ao chão com a força da raiva, peguei-a e olhando para ela tive dois pensamentos; jogava no lixo ou melhorava a pintura. Não hesitei, depois de algumas pinceladas ficou linda! Ousaria dizer que tornou-se a pintura mais bonita que já fiz! Transformei o feio em belo! Transformei a raiva em amor dentro de mim.


© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Quando o Amigo se Torna uma Estrela no Céu



É tão bom ter amigos! Nem sempre estamos próximos, mas o reencontro é de festa, porque nos gostamos e sentimos alegria quando juntos. Nem sempre concordamos, mas toleramos as diferenças, porque queremos a amizade acima de tudo! Temos a liberdade de dizermos o que pensamos, porque uma amizade verdadeira não impõe limites no pensar! Vigiamos, no silêncio, o bem estar um do outro e as vezes rezamos para que a saúde se recupere, mas nem sempre dizemos, porque não é necessário, sabemos que é assim!  É confortante saber que temos alguém que de verdade está conosco, que tem falhas e às vezes comete traquinagens, mas é assim com todo mundo, afinal, seres humanos cometem traquinagens! Uma amizade sincera pode durar a vida inteira ou melhor, dura a vida inteira, porque é uma característica da amizade.
Mas e quando um amigo vira estrela no céu, como é?
É triste, o coração fica procurando aquele outro coração que batia até pouco tempo e agora mantém-se em silêncio. Na verdade, é um silêncio! Mas apesar da tristeza fica algo dentro da gente que sabemos da sua continuidade. Tudo que aprendemos juntos, tudo que choramos, tudo que nos xingamos, porque um dia brigamos feio, tudo, tudo fica vivo dentro da gente, porque amigo que é amigo nunca vai embora. Fica bem perto, no fundo do coração. É estranho, porque mesmo que não esteja perto, está perto! Mesmo que não nos toque mais, continua seu toque marcado na pele! Porque amigo de verdade, quando vira estrela continua brilhando dentro da gente. Porque amizade que é amizade não passa nunca. Amigos não se separam, é só mais um tempo sem se ver.

*Pode ouvir o texto narrado por mim através do link:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/amigoalavoloshyn

 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

ARQUIVO DO BLOG