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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
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sábado, 17 de julho de 2010

O Tempo Não Cura


O tempo não cura ferida aberta
O cuidado cura

É preciso limpar bem o local machucado
Até que toda sujeira desapareça
Colocar remédio e band-aid

Se for profunda precisará de alguns pontos também
A cicatriz ficará, mas a ferida não

O tempo não cura ferida aberta

Se não for curada infecciona
Cria pus
Aumenta com o tempo
Compromete o organismo
Tudo piora

O tempo não cura ferida aberta
O cuidado cura

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Brasil, Mostra sua Cara!"


Quem pode adivinhar o futuro?
Quem deseja adivinhar o futuro?
Todo aquele que deseja ver seu desejo realizado! É claro!
Em seu livro, Jesus Viveu na Índia, Holger Kersten, teólogo alemão, escreve de maneira primorosa quando se refere às nossas buscas e este trecho destaco aqui para começarmos uma reflexão: “Em todas as religiões as massas estão mais inclinadas à magia, aos milagres e garantias materiais que à essência espiritual, ao ethos. Querem que as coisas aconteçam para eles, não dentro deles.”
Sempre que buscamos heróis para realizarem nossos desejos, na verdade queremos algo para nós e esquecemos a importância daquilo que acontece dentro de nós.
Adivinhações, palpites, torcidas, orações, tudo para descobrir o futuro e garanti-lo, mas em vão. Agora todos sabem que a seleção brasileira não irá disputar a final desta Copa e que o Hexa ficará para mais tarde. E o que vemos como reação imediata? Frustração, raiva e condenação.
Aqueles que eram responsáveis pela realização das nossas expectativas e desejos de mais uma vitória, tornaram-se vilões.
Se a equipe que perdeu tivesse vencido a seleção da Holanda, com certeza seria ovacionada e todos aqueles jogadores seriam grandes heróis, mas como não foi o que aconteceu, os mesmos transformaram-se em traidores do nosso sonho.
Os mesmos! Exatamente os mesmos! De heróis para vilões!
E por que fazemos isto?
Porque queremos que as coisas aconteçam para nós e não dentro de nós, como escreveu Kersten!
Esquecemos que uma seleção revela exatamente os pensamentos, sentimentos e atitudes do povo que representa!
Como lidamos com perdas? Como lidamos com frustrações? Como lidamos com esforço? Como lidamos com medo? Como trabalhamos em equipe?
Parece que o que vimos, foi um espelho de nós mesmos, portanto, condenar, jamais!
Refletir, sim! Tentar entender por que desejamos que alguns nos trouxessem todos os nossos problemas resolvidos, sem que antes os resolvêssemos dentro de nós.
O mais importante agora é não transformar um irmão de pátria em inimigo.
O mais importante agora é não condenar este suposto inimigo para a absolvição de todos nós.

© Direitos reservados a Ala Voloshyn
 

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