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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Aborto

Um dia ela sonhou:
Estava numa sala cirurgica
Deitada, preparava-se para o aborto
Angustiada, mas decidida
Quando o médico se aproximou para começar
Ela ouviu, o choro de um bebê
Um choro desesperado
De quem sente sua vida em perigo
E logo acordou assustada
Sem nada entender...
Passa o tempo
Ela  está grávida
Momento difícil
Ele não quer
Insiste no aborto
Tanto força, tanto esbraveja
Que ela se afasta
E prossegue sozinha
Mesmo distante, ele ainda persiste
Mas ela não ouve...
O bebê nasce
Ela escuta  seu primeiro choro  
E se lembra do bebê que sonhou
E assim, ela entende o sonho que viveu.

©Direitos reservados a Ala Voloshyn

* Imagem ilustrativa da Internet
                     

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Por Que A Dúvida?

 

O dia começava.
Eu me certifiquei de que tudo estava limpo.
O perfume do café já se espalhava pelo ar.
Os assados prontos.
Os bolos também.
Eu preparada, abri as janelas e a porta.
Respirei fundo e disse a mim mesma: Bom dia!
Logo ela chegou, como sempre, no mesmo horário.
Bom dia, disse ela!
E eu, bom dia!
Ela foi pra mesa de sempre, com o sorriso de sempre e a colonia de lavanda de sempre.
O que vai pra hoje? Disse eu.
Tô olhando o cardápio, estou em dúvida, ela balbuciou.
Eu querendo ajudar (ou vender) logo perguntei: O que você mais deseja?
Ela, me olhou por um instante e logo emendou num suave: Não sei o que quero!
E eu já me metendo na vida do outro, fui logo dizendo: Mas por que a dúvida? Se não sabe o que quer, qualquer coisa serve!
E ela com ar de surpresa e aliviada logo admitiu: É mesmo!

Vendi meu primeiro pão de queijo do dia!

©Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Perguntar, pode?

 


Você o julga, condena, exclui!
O que ele fez pra receber tanto ódio?
Optou por algo diferente? Algo que o assusta? Algo que lhe causa repulsa?
E você, não teve opção? Ou não quis optar?
E se fez diferente, ele é mau e você é bom?
O bom e o mau estão sob que ponto de vista?  Seu, dele? De quem, do que?
E se ele não se importar com seu julgamento? 
E se ele suportar seu ódio?
O que você fará?                                                                                                                         

                                                                                  
                         ©Direitos reservados a Ala Voloshyn                                                               

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