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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Não Sou da Paz

Não sou da paz, sou da guerra. Meu mundo é dual, onde o bem e o mal se defrontam em todos os tempos para que eu possa distinguir a verdade da ilusão, crescer.
Sou da guerra, não sou da paz, porque um guerreiro se faz na guerra e na paz descansa. Não sou anjo, maga ou sábia, sou guerreira e minha espada tenho sempre comigo; mas somente a mantenho desembainhada quando preciso for, nunca de maneira diferente.
Fortalece-me a luta, o desafio, a injustiça. Tudo isto tenho como matéria prima para minha vontade enaltecer, pois assim como a espada, minha alma é forjada no fogo sob pressão de batidas vigorosas.
A paz efêmera não me atrai, a justiça sim, me chama para si. Sou do fogo, do embate, da vitória justa sobre a inércia, a ignorância, o vil, o pacífico ilusório, o elo vampiresco ou aparência "ouro de tolo".
O mundo externo não me interessa, é uma sala de espelhos, que confunde quem mantém seu olhar preso no reflexo, sem perceber o ponto de origem. Quero ir mais fundo na caverna que me mostra onde a escada está. Aquela que me levará para o topo, a saída, a luz com a qual sonho todas as noites, para saber da sua natureza e por fim, encontrá-la. 
Sou da guerra, não sou da paz e por isso nada lhe desejo, mas ficaria feliz se o visse, por esforço próprio, construir sua felicidade, vencer sua ignorância e brilhar. Não me veria só, estaria em boa companhia, repleta de calor que aqueceria  meu coração guerreiro e esperançoso, pois mesmo sabendo que meu mundo não é de paz, sei que a posso encontrar, mas pelo lado de dentro e por isso sigo na guerra a forjar minha alma, sem motivos para reclamar, pois tenho aos meus pés o que preciso para conseguir. Passo a passo, de batalha em batalha, hei de construir a paz que acredito existir e almejo. Paz que não está no mundo em que estou, mas que nele posso construir a verdadeira, a profunda paz!
© Direitos reservados a Ala Voloshyn


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pouco Importa

quando o que nos une é atemporal
o tempo pouco importa

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Olhai os Lírios do Campo"

Quando era criança, talvez com meus 6 anos, estava no muro de casa observando umas meninas que colhiam flores silvestres bem perto dali. Olhei para elas e para meu jardim, várias vezes. Via em suas mãos flores bonitas, mas bem simples e pequenas, enquanto em meu jardim haviam inúmeros lírios brancos e bem graúdos. Minha mãe os cultivava com muito esmero, eram seu xodó! No meu pensar, conclui que eu no privilégio de ter flores tão belas e elas algumas muito simples deveria compartilhar daquela beleza que tinha! Não esperei um minuto e chamei-as, colhi alguns lírios e dei. Neste exato momento minha mãe viu o que tinha feito e imediatamente chamou para dentro de casa. Levei uma das maiores sovas naquele dia! Ela estava furiosa, por eu ter colhido seus lírios! Dizia em voz alta que nunca mais eu deveria repetir o que fiz! Com medo dela acabar comigo ali mesmo, jurei que não faria mais aquilo! E foi assim que me livrei do peso de sua mão! Mas eu menti e menti muito! Dei uma de Galileu! Menti para salvar minha pele, porque jamais deixei de fazer o que fiz. É de minha natureza compartilhar o que gosto, o belo e o que considero bom. Quero repartir o que penso e aprendo, por isso escrevo. Menti para poder continuar a ser quem sou, pois é de suma importância fazer aquilo que permite a alma vir à tona para se realizar!
O que faz sua alma vir à tona? Sabe? Se não sabe, descubra, pois não há tempo a perder. E se já sabe, faça, pois não há tempo a perder também!
O que faz minha alma vir à tona, manifestar-se e aprender cada vez mais são a arte e o belo. Pode ser através da dança, literatura, pintura, escrita, música, teatro, canto, rendas no artesanato, belas flores, minhas adoradas árvores, meus gatos, som das ondas do mar (à noite de preferência). Mas tudo deve ser compartilhado, caso contrário minha alma fica pequenina, presa, infeliz, reclamona, pois quer vir à tona e respirar! Viver na mais forte intensidade que puder, pois por menos é triste e nublado.
Tenho hoje os lírios brancos como um símbolo pessoal de resistência e fidelidade ao próprio coração.
Sempre que olho um lírio branco  lembro-me daquele dia em que fui colocada à prova e passei com louvor, pois me doeria mais me deixar dominar pelo que o outro manifestava de pior em si do que resistir. Suportei as dores do corpo para poder proteger o que tenho de sagrado, minha alma.
Viva o que faz sua alma crescer e se manifestar, não se deixe intimidar por nada neste mundo, seja fiel a si! Não traia sua natureza, mesmo que tenha que ser um Galileu, para proteger o que tem de melhor!
Um forte abraço, de alma para alma!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Eu

nem você
nem ninguém
 quero a cama só pra mim!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

Bata na Porta

Se for do bem,
entre.
Se for do mal,
não conseguirá!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Novelo de Lã



Cuidar do filho é como enrolar um novelo de lã.
Há que ser com cuidado, com ritmo e atenção, para não emaranhar, não romper o fio.
Há que ser com paciência, para não abandonar a tarefa.
Há que ser com delicadeza, para não machucar as mãos.
Há que ser com alegria, para não perder o entusiasmo.
Depois de todo o novelo enrolado pode-se tricotar o que a lã permitir.
Será preciso respeitar a natureza do fio, com esmero e amor.
Há muito trabalho para o ponto não estragar!
Toda dedicação é recompensada com malha boa e resistente,
que não se desfaz num puxar vigoroso.
Mas permanece a aquecer o coração, de quem com o coração, colocou suas mãos no trabalhar.


© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sábado, 24 de outubro de 2015

É de Leão


Meu coração é de leão
É de leão meu coração

É alegre
É de leão

É grandão
Meu coração

É de leão meu coração
Tem coragem de montão

Tem juba
Tem garra
Tem dentão
E bocarra

Ruge forte
Meu coração

Meu coração
É de leão

É de leão meu coração
Tem coragem de montão

Não foge meu coração
Meu coração é de leão



* Voz de Ala Voloshyn
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Bons Companheiros


Quem são os companheiros?  São os amigos especiais? Não existem amigos especiais! Verdadeiros amigos já são especiais, não é preciso classifica-los numa categoria.
Como você define um amigo?
Sem fazer grande lista de características eu defino numa só tacada. Ou o sujeito vibra numa frequência harmônica com a minha ou não. E isto não é difícil de perceber. A tal da afinidade, facilidade de comunicação, mutuo entendimento e ausência de vergonha de ser sincero, já demonstram haver harmonia.
É uma amizade produtiva, ou seja, se eu quiser fazer algo bem feito com alguém terá que ser com este companheiro, pois se for diferente, será penoso, demorado, desencontrado e se sair algum resultado será deficiente.
É uma amizade que não tem prazo de validade. Podemos nos ver de tempos em tempos, que não nos faltará assunto e muito menos alegria no encontro.
Como estamos em ressonância, mesmo sem receber notícias, sentimos quando o amigo não está bem e de repente dá vontade de telefonar ou teclar um punhado de palavras no computador e lhe enviar uma mensagem.
Não pensamos da mesma maneira em tudo, mas nos complementamos e por isso a relação se torna criativa e benéfica.
Quando nos desentendemos, podem passar anos, mas em algum momento nos encontraremos para esclarecer o desentendimento, só pra que tudo fique em paz.
Tenho amigos companheiros que enchem meu coração de alegria por saber que existem, estando perto ou não. É uma amizade que, mesmo que tenhamos conversado  por pouco tempo, o impacto do contato é tão grande e importante que dura para sempre.
É muito bom ter amigos companheiros! Mas percebo que o amadurecimento é um grande aliado nesta relação, pois muitas vezes só com o passar do tempo surge a consciência da importância de uma pessoa em nossa vida e quando isto acontece, é melhor não deixar passar um segundo e demonstrar o tamanho da felicidade que se tem pelo seu companheirismo. 
A Vida é cheia de desafios, por isso cada um de nós recebe uma porção de bons amigos companheiros! A Vida é justa e sabia, ninguém está sozinho nesta caminhada! Que bom que seja assim!
© Direitos reservados a Ala Voloshyn


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Espera

 esperei tanto pelo príncipe
que dormi demais
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sábado, 12 de setembro de 2015

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Perdi o Medo

 
quando decidi viver integralmente minha vida
perdi o medo da morte
 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

domingo, 6 de setembro de 2015

O Mal

O mal quando quiser atingi-lo, o fará pelo que é fraco em ti.
Não se demore em cuidar de suas fraquezas.
Evite ser pego de surpresa.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Minha Vizinha


Chegando em casa lá pelas 17hs, estacionei o carro e lembrei que estava devendo o telefone de um médico para Maria, minha vizinha. Toquei sua campainha, sem demora ela atendeu e pela primeira vez me convidou para entrar. Aceitei o convite e entrei. Logo exclamei: nossa, Maria, como sua casa é bonita! Ela meio encabulada agradeceu. Sentamos no sofá e a conversa começou. Depois de alguns minutos Maria me convidou para um café e lá fomos nós para a cozinha (também bonita) e continuamos nossa conversa.
Ela me contou tanta coisa sobre sua vida que eu não sabia e eu, claro, também contei sobre mim questões que ela não conhecia. Rimos, choramos, refletimos sobre alguns assuntos, trocamos ideias, nos apoiamos. Quando nos demos conta já havia passado quatro horas e nem sentimos o tempo passar!
Quantas vezes você já conversou com um vizinho? Quanto sabe sobre sua vida? Quantas vezes lhe deu um 'bom dia' ou parou na calçada pra jogar conversa fora, pra ouvir um lamento, fazer uma piada ou reclamar de algo que acontece em sua cidade ou na rua em que moram?
Sempre damos a mesma desculpa: o tempo corrido! Mas o tempo não corre, nós é que corremos e assim perdemos boas oportunidades de troca com o outro, que se pararmos pra prestar atenção, nossas histórias e conflitos não são muito diferentes. Podemos ter diferenças de personalidade, classe social, crenças, mas somos todos seres humanos e a nossa trilha como humanidade é a mesma e cada um de nós sempre tem uma boa história pra contar, uma necessidade, uma dor ou uma alegria a compartilhar. No final das contas precisamos uns dos outros e não há nada melhor que tomar um café com a vizinha e saber dela e se deixar conhecer! As prioridades nós escolhemos e é melhor escolher o que nos desperta felicidade, pois o tempo não corre, mas passa. E de verdade não existe o Eu, somente o Nós!
Não preciso dizer que já combinamos outro café e assim a vida segue mais leve com seus constantes desafios e glórias.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Meu Paipai


Em agosto comemoramos o Dia dos Pais e eu não vou perder esta chance de falar um pouquinho sobre eles. 
As mães por tradição e características femininas sempre estiveram mais envolvidas com seus filhos, mas o pai tem importância nesta relação que é bom ressaltar, tanto para o filho como para a mãe.
Ele pode ser um pai presente como não. Pode ter aceito com alegria o nascimento de seu filho ou tê-lo rejeitado. Pode estar vivo ou já ter virado anjo. Pode estar de bem com a mãe como não querer vê-la nem pelas costas. Pode ser rico ou um duro. Pode ser o que for, sempre terá sua importância. 
Para o filho ter um pai do tipo paipai, meio herói, meio palhaço, meio feliz ou meio triste, enfim, um ser humano que o ama é de fundamental importância para seu desenvolvimento.
Para a mulher é de igual importância ter um companheiro, perto ou longe, mas que ela possa confiar seu filho a ele e poder contar com ele. Toda mulher sente-se segura quando sabe que seu filho  é amado por aquele que fez parte de sua vinda a esta vida. Quando este amor é negado, por mais que ela não admita ou não queira admitir, sente-se ferida lá bem no fundo do seu coração e torna-se uma leoa a proteger seu filho para poder poupá-lo.
Na verdade, só quero dizer que mesmo que você rejeite seu filho, que não quis conhecê-lo, que  por algum motivo o abandonou sempre será seu pai. Sua importância não pode ser negada, mesmo se comparado àquele que acolheu e ama seu filho, pois por amor ou não, você possibilitou a vinda de um ser humano a esta vida, que cumprirá uma história como puder e quiser e saberá em algum momento que só temos um bem maior, que é a chance de viver e evoluir com todas as alegrias e dores que fazem parte desta trajetória que no fundo do fundo sempre é por amor, mesmo que não tenha sido expresso, pois onde há vida há amor.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Palavras são Sementes


Van Gogh. Semeur au soleil couchant
Palavras são como sementes. Quando caem em solo fértil germinam e dão vida para o que foram criadas. Podem ser belas flores ou ervas daninhas, tudo depende da sua natureza.
Usamos as palavras para tudo: escrever, conversar, discutir ideias, elaborar planos. Enfim, são meios de comunicação, meios para chegar ao outro com intenção. Fazem parte do nosso cotidiano e por isso, na maioria das vezes, não nos apercebemos de sua importância ou seja, do que podem provocar.
Facilmente soltamos a língua na segurança e crença de que temos a maior razão. Costumo dizer que segurança demais, sem reflexão, leva ao erro, tanto quanto a insegurança, sempre há uma distorção na percepção. Particularmente tenho mais receio dos que se consideram donos da verdade, pois não medem suas palavras e assim não percebem seu erro e cometem influências como semeadores. Se o solo for propício ou seja, se a mente for receptiva àquele conteúdo o estrago pode ser feito e nem sempre é percebido naquele exato momento, irá se manifestar tempos depois, quando houver circunstância favorável para isto.
Insisto sempre em dizer que um mínimo de sensibilidade, paciência e discernimento são fundamentais para não plantarmos sementes danosas na mente do outro. Sementes de desalento, descrença, baixa autoestima, raiva, mágoa, ciúme, tristeza ou seja, tudo aquilo que desarmoniza, que empobrece a esperança e vitalidade.
Quando falo de esperança, não quero dizer esperar por algo, mas acreditar que em momento maduro se concretizará aquilo pelo que se trabalha. E isto ninguém tem o direito de anular.
A única coisa que estou ressaltando com o que escrevo é simples: tenhamos mais cuidado com nossas palavras, com o que dizemos, pois se o solo for fértil e absorver más sementes causaremos danos, mas se as sementes forem boas, poderemos contribuir com a evolução de alguém.
Como não somos adivinhos, nem é aqui a minha proposta, pensei em algo que talvez ajude. Sempre que tivermos algo em mente para dizer,  pensemos antes como seria nossa reação ou sentimento se ouvíssemos aquilo que queremos dizer. Se houver dúvida em relação ao bom resultado é melhor se calar, mesmo que nosso ego queira ferir ou ajudar com uma palavra. Paciência e reflexão, pois segurar a língua atrás dos dentes em alguns casos pode ser uma sábia decisão.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Quem Ama Cuida. Cuida?

Quem ama cuida. Eita frase chavão! O que mais se ouve são frases de efeito, mas quando a corda aperta no pescoço e o ar falta é hora exata de saber o que realmente tem valor e o que não passa de palavra de efeito, só pra impressionar, só pra dizer eu participo,  estou presente. Mas não está!
O que significa realmente ajudar? Arrebatar o outro e lhe impor, mesmo na melhor das intenções, o que acredita ser bom a ele, mesmo que a distancia entre as reais necessidades dele e as que julga serem as melhores for enorme? Se não houver um  mínimo de sensibilidade e um olhar atento naquele que pretendemos ajudar o erro pode ser grande.
Ansiedade baixa como algo estranho, e podemos querer sair bem rápido do enfrentamento do sofrimento alheio e então tudo vale e a invasão, pela urgência, é inevitável. Facilmente invadimos o espaço de quem sofre e lhe impomos ações e necessidades que na verdade são nossas, o sofrimento passa a ser nosso, não exatamente igual, mas acessamos arquivos internos, praticamente mortos, pelo distanciamento que mantemos de sentimentos inacabados, estagnados, a espera de solução, como água represada, que a qualquer momento pode romper suas barragens e "salve-se quem puder". É assustador!
Sabe o que penso, de verdade? Ajudar é coisa bem complexa, pois antes de tudo requer observação e compaixão, isto é, dar ao outro o que ele precisa e não o que eu precisaria naquela situação. Sei que não é fácil, pois projetamos milhões de imagens internas  e achamos que são verdadeiras, mas um esforço no sentido de separar o meu do teu, vale muito.
Só quem sofre sabe exatamente o que se passa dentro de si e não ser considerado, por mais absurdo que possa parecer o comportamento, é desesperador, uma solidão imensa e um medo pavor.
Por que não acreditar?? Por que julgar como exagero o que o outro expressa?? Por que não considerar a partir da posição dele?? Ou é melhor fugir e interpretar ao bel prazer e submete-lo ao seu remédio e não ao dele?
Cada qual procura na medida da sua sabedoria e ignorância ser feliz e o que é bom pra você pode não ser pra mim, por isso é importante respeito e humildade para considerar as devidas diferenças. No entanto, existe uma classe de ser humano oportunista que tira vantagem da fragilidade alheia para submete-lo ao seu interesse, seja ele qual for. Esta é uma atitude antiética, daqueles que crescem diante da vulnerabilidade do outro. E isto não vale não, meu irmão!!!
Só pode realmente ajudar quem consegue sentir em seu coração a dor do outro e isto requer conhecer seu próprio coração e não teme-lo.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn


sexta-feira, 19 de junho de 2015

WhatsApp


Um bom instrumento de comunicação. Rápido, eficiente quando a mensagem é clara e objetiva. Tudo se passa bem no âmbito prático e racional, mas algo muda quando tratamos de emoções. Quantos "parabéns a você ", "como está?", "mando boas vibrações", "estou contigo", "beijos", "força", ícones diversos e assim por diante, mas faltando algo demais importante, emoção.
Estamos cada vez mais ensimesmados em nossas máquinas, deixando de trocar energia. Estamos empobrecendo em sensibilidade e afeto. Cada qual defendendo seus interesses e cada um que se resolva por si só. Não há mais "tempo" pra conversar pessoalmente, olhar nos olhos, tudo tem pressa, estamos desnutridos de afeto.
Basta estar num coletivo e ver que a  maioria está com fone no ouvido ou lendo e repassando mensagens. Quem se olha? Quem puxa papo? Solitários, absolutamente solitários, vivendo isolados.
Atos de compaixão são destaques de honra, pela sua singularidade.
Posso estar com uma visão muito pessimista, mas é fácil observar que máquinas, facilidades, imediatismos se tornaram muito interessantes.
Há os que fogem a essa constatação, o que é bom demais, mas de maneira geral a superficialidade se alastra e cada um andando pela cidade como zumbis desconectados do outro e de si mesmo, voltados para um externo pobre de conteúdo e sensibilidade. Felizes aqueles que podem manter-se íntegros em meio a tanta desordem.
 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Paciência

cada macaco no seu galho. cada galho com seu macaco. não pula muito, não. cuida pro galho não quebrar. paciência, irmão.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Tem Coisas que Não se Confessa Nem ao Terapeuta


É muito comum fazermos avaliações bem superficiais sobre os motivos de fracassos em nossas vidas. O sucesso sempre é atribuído a nós, mas o restante é responsabilidade do outro. Isso acontece com todos. É um festival de culpar alguém ou alguma coisa. Mas se fracassarmos mais uma vez em culpar e fizermos um exame de consciência, bem quietinhos na cama, em mais uma noite de insônia, perceberemos  que há o que não se  confessa nem ao terapeuta. Os terapeutas que me perdoem, mas nem tudo se diz,  a verdade é algo que se assemelha a um garimpo, exige paciência, empenho e não se alcança algo de valor da noite para o dia. Além do que, há o que só interessa a cada um, tamanha sua intimidade.
O que você não diria nem ao seu terapeuta? Isto eu não sei, mas está claro para mim que eu não revelaria aquilo que descobri, pela vergonha que me causa. Quantas vezes na pressa de resolver uma frustração não embarquei na primeira situação que me parecia saciar minha vontade e acabei me deparando com consequências bem desastrosas. Erros de abordagem, é melhor classificar assim. Sem culpas, afinal, de culpados este mundo já está cheio. Melhor dizer, responsáveis por suas escolhas e resultados.
Quando podemos confessar para nós o inconfessável é sinal de que estamos prontos para promover mudanças importantes. Ao saber exatamente o que gerou o engano é fantástica a consequência. É possível mudar o rumo das coisas e este engano não se comete mais. Isto requer coragem de se olhar de frente e admitir para si mesmo que foi um engano, de que se depositou a felicidade em algo ou alguém e pensar desta forma é se decepcionar mais cedo ou mais tarde, pois não é por aí.
Vasculhar dentro de si os próprios motivos não é tarefa simples, pois nossa mente tem labirintos onde encontrar a saída nem sempre é rápido, mas vale a pena, pois somente desta forma podemos construir um mundo interno melhor e por consequência o externo torna-se seu reflexo. Vale a pena confessar a si o inconfessável para poder fazer parte desta vida que requer empenho para promover mudanças que fazem evoluir, mesmo que seu terapeuta nunca saiba disto.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn


domingo, 26 de abril de 2015

Mantenha as Mãos Firmes no Leme!

Humberto dá uma tarefa: escrever mais um artigo para o jornal. E sobre o quê? Ele dá carta branca e podemos escrever sobre o que quisermos. Isto é bom, dá um sentido de confiança e liberdade de escolha. Mas ao mesmo tempo decidir nem sempre é tarefa fácil, especialmente para alguém, como eu , que costuma complicar as coisas. Até tarefas simples podem se transformar numa odisseia! Mania de exagerar? Pode ser, mas complicar é mais fácil que ver a coisa de um jeito simples. Deixar a vida correr, dar tempo ao tempo, não se permitir contaminar pelo pessimismo e o tal pavoroso medo, que deixa qualquer um encurralado na estante dos fundos da sala.
Olhar para a vida com olhos esperançosos requer confiança de que as tarefas mais simples e as mais complicadas podem ser realizadas com esmero ou com defeitos, mas que a cada esforço por crescer é possível melhorar.
É só acreditar, no entanto, nem sempre acredita-se e então a mente apaga, fica cinzenta e a luz que gera esperança e vontade enfraquece. E nesta hora ter quem possa lhe estender a mão e dizer "MANTENHA AS MÃOS FIRMES NO LEME......MANTENHA-SE!" faz toda diferença! Estes são  os amigos que tem condição de não se apagar junto e de te olhar nos olhos até que consiga acender sua luz e vivificar  a mente.
Solidariedade é tudo e não é complicado praticá-la, basta dispor de tempo e energia para o outro, basta querer. E aqui não são necessários heróis, mas gente simples que sabe que somos todos gente simples querendo ser feliz.
E ser feliz é tarefa complexa, requer esforço de transformação, porque temos a cabeça cheia de enganos que precisam ser modificados e a cada esforço realizado e a cada transformação é possível sentir que a felicidade é algo bem palpável.
Eu nas minhas complicações e enganos só tenho a agradecer aos amigos que não se assustam, mas ficam até a luz se acender.
Tenho também a agradecer a quem disse que cada dificuldade traz em si a mudança para o melhor e assim segue-se com cuidado para não se contaminar com o que apaga a luz e deixa a mente cinza. No esforço, sem largar o leme.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 16 de abril de 2015

sábado, 11 de abril de 2015

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Vida Integrada

Olhar para um animal abandonado, assustado, faminto, machucado é de cortar o coração. Ver uma árvore decepada dói menos? Uma flor que seca sem um mínimo de rega parece não ter valor em meio a tantas flores? Pássaros que não conhecem a potência de suas asas por já terem nascido em gaiolas não parece ter muita importância enquanto seus cantos nos encantam? Peixinhos de várias espécies nadando em aquários não parecem nos preocupar, especialmente por enfeitarem nossos lares? Animais que sofrem no abate parecem distantes de nossos pratos tão bem abastecidos? Rios que morrem por estarem repletos de poluentes, só são lembrados quando nossas torneiras secam? Invadimos belos espaços para construir nossas residências sem nos preocuparmos com a vida que lá habita, mesmo a mais minúscula. Formigas podem ser esmagadas por importunarem, mas nossa vida deve prevalecer?
Prevalecemos nós? Em que mundo? A que preço? Parecemos predadores a privilegiar nossos interesses. Sei que não falo de todos, mas falo de muitos.
Lembramos da natureza quando ela nos falta, mas na maioria das vezes não olhamos com mais atenção para a vida que nos cerca e que busca sua sobrevivência, assim como nós. Então por que não respeitamos? Ou desrespeitando mostramos o quanto nos desrespeitamos também?
A dor de um animal abandonado, assustado e faminto é igual a de um ser humano abandonado, assustado e faminto. A miséria de uma planta seca e esgotada é igual a de um ser humano esgotado. O desequilíbrio na vida de um rio que morre por maus tratos é igual ao desequilíbrio de quem o matou. Ninguém pode viver em paz enquanto um animal sofre, uma árvore não se ergue, o ar é envenenado. Ninguém pode viver em paz enquanto a vida se degrada por falta de sensibilidade e consciência de que toda vida necessita dos mesmos meios para viver. Ninguém pode viver em paz enquanto não houver consciência de que todos os reinos necessitam viver a sua natureza e integrados.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 19 de março de 2015

Vida








                                                              
continuamente a vida se regenera
 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 10 de março de 2015

Torre de Babel


Para que desenvolvemos uma linguagem?
A princípio para nos comunicarmos. Para estabelecer diálogo, compartilhar conhecimento e experiência, registrar a história, resolver conflito, manifestar emoção, jogar conversa fora, escrever, ler, falar, raciocinar, e bla, bla, bla, bla, bla, bla. Tudo em prol da evolução e do bom convívio.
Bem que gostaria que fosse tudo assim, mas no meu ir e vir do dia a dia, percebo que temos uma facilidade imensa para distorcer. O que dizemos, nem sempre é o que pensamos. Juramos o que nem sempre é verdade. Uma palavra simples pode ter inúmeros significados ou pra ser sincera, falseamos as emoções discursando expressões de efeito e bonitinhas, mas que tem único intuito, enganar, disfarçar, enrolar, ostentar, "babaquear". Tudo depende!
Depende da disposição, da intenção. É preciso ser um verdadeiro Sherlock Holmes para descobrir o que o sujeito realmente está dizendo! Isso quando não se vai com mala e cuia fazendo o que der na veneta acreditando que o que vai na mente é a mais pura realidade! O Inferno de Dante é pouco!
Tem mais uma coisa incrível! Os sinceros são interpretados como inimigos, pois dizer o que se pensa, sente e deseja é politicamente incorreto e às vezes parece que ainda não saímos da Idade Média a cultuar os fundamentos da Inquisição.
E que me faço entender: aqui não há nenhuma colocação sobre o panelaço nem os pronunciamentos presidenciais. Falo mesmo de nós, no nosso habitual cotidiano, repleto de distorções e maledicências. Dizemos o que não pensamos. Escrevemos o que não  lemos. Somos simpáticos quando queremos algo em troca ou condenamos quando somos frustrados. Tão cansada estou! Tão desesperançada nesta Torre de Babel.
Ando quieta e devagar. Procuro um espaço pra poder conversar de verdade, mas de verdade, mesmo! Procuro, como já disse Lulu Santos,  gente fina, elegante  e sincera ou como digo eu, gente de caráter nobre.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn

sexta-feira, 6 de março de 2015

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Segredo

Tenho um segredo e vou contar, mas só pra você! E já sabe, segredo é segredo, não deve ser contado pra ninguém, nem mesmo sob o pretexto de "vou te contar uma coisa mas não conta pra ninguém!"
Como não tive a benção de ser "rei", sou "amigo do rei"! É isso, este é o segredo. Parece-lhe bobo? Até pode ser, mas se pensar melhor, notará que é um fato mais comum do que se pensa, porém, na maioria das vezes, quem é "amigo do rei" não revela com clareza, pois é questionável eticamente. Mas deixo isto pra lá!
Já sabe que não tive a sorte de ser "rei", com todos seus benefícios e poderes. Sei que existem responsabilidades, mas não tenho muito interesse nelas. O que me importa são os privilégios de estar associado a alguém de poder. Isto torna as coisas mais fáceis pra mim e se for inteligente, alguma garantia posso obter.
Tem uma verdade que não me agrada muito, é a interdependência, condição desde o primeiro dia aqui neste planeta até o último. Todos estamos interligados e nos influenciamos mutuamente. A escolha de um interfere na opção do outro, beneficiando ou não, mas não podemos evitar este fato. Às vezes ficar na própria escolha requer persistência e flexibilidade também, pois pode-se mudar o modo para manter-se, sem alterar a convicção. A todo momento somos influenciáveis e influenciamos, não contando com a necessidade que temos um do outro. Afinal, vivemos em sociedade, em grupo e assim fica difícil isolar-se, embora seja interessante, já me disseram, cuidar da estabilidade interna, mas não é fácil e dá muito trabalho! Por todas estas questões resolvi não participar integralmente disto, apenas quando me interessar. Desta forma optei em ser "amigo" de quem tem o poder ( que me convém, é claro!). Assim, sinto-me protegido, garantido, pois o poder dele pode abrir-me caminhos que desejo, além de me preservar.
Uma questão que deve ser admitida é que tudo tem um preço, inclui troca e o "rei" também quer seus interesses garantidos. Pode precisar de quem o apoie em momentos de decisão. Se for solitário pode desejar companhia, alguém que o enalteça ou que lhe faça alguns serviços oportunos. Tudo fica acordado, dependendo das necessidades. O acordo muitas vezes é velado, sem palavras, mas sabe-se exatamente qual é a troca.
Escolher o "rei" certo requer experiência e observação, mas quanto maior a pratica maior a eficiência! E assim vou eu, buscando de oportunidade em oportunidade quem me facilite a vida, quem me garanta que não preciso me frustrar ou me prejudicar. Você pode até pensar que é uma mútua dependência, mas eu chamo "acordo de cavalheiros". Que mal há? Talvez amizades sinceras possam ser feridas. Talvez mentiras precisem ser proferidas. Talvez algumas promessas sejam mudadas sem aviso prévio. Mas tudo vale, quando se é "amigo do rei". Ou não vale? Talvez não, mas é a minha escolha e assim quero viver. De "rei" em "rei", chegar onde desejo e acreditar, nem que seja um pouquinho, que também tenho poder!
Sei que desta forma jamais serei "rei", mas pra que tanta responsabilidade! Quero apenas chegar. Responsabilidade não é o meu forte, devo admitir, mas não me julgue. Ninguém ainda é perfeito!
Paro por aqui, pois já passei da conta! Só quero lembrar que lhe contei um segredo e você sabe, segredo é segredo!
















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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Lenda Pessoal

cumprir sua história. cumprir seu sonho. cumprir sua lenda pessoal. é permitir que a alma se expresse na sua tônica mais profunda e verdadeira. é permitir a evolução. é ser feliz.
foto de Ametista Voloshyn Mastrotti
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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Um Dia Você Morrerá

só pra lembrar que um dia você irá morrer! então, arrogância, inveja, disputa desleal, egoísmo, não valem pra nada. acorda! faça de sua vida algo significativo!
 
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sábado, 10 de janeiro de 2015

O Mundo é dos Espertos?

O mundo é dos espertos?
Os espertos dizem que sim!
Mas que mundo é este de que falam?
Moneycrático?
Souamigodoreicrático?
Tirovantagemcrático?
Seutroxacrático?
Tonemaipravocecrático?
Queroganharcrático?
Blefecrático?
Enganomesmocrático?
Queropodercrático?
Informaçãoprivilegiadacrático?
Falsocrático?
Plagiocrático?
Seduzocrático?
Puxosacocrático?
Soubacanacrático?
Eusoueueorestoérestocrático?
Passoapernacrático?
Nãoconfieemmimcrático?
Ostentomesmocrático?
Estacionomeucarronafaixadepedestrecrático?
Soucovardemasninguemsabecrático?
Mediocrecrático?
Espertocrático?
Eu não sei ao certo, mas deve ser um mundo interessante, porque o que tem de gente querendo fazer parte dele, é de impressionar! O que tem de gente fazendo de tudo pra ser esperto, é de impressionar, mesmo! Logo, logo, as vagas se esgotam e vai sobrar esperto pra outro mundo.
Que mundo?
O meritocrático! E neste o esperto vai sentir uma dificuldade enorme em se adaptar, pois criou tantos vícios de esperteza que não sabe nem onde está o seu nariz. Este sujeito, sem alguém pra empurrá-lo pra frente, não é nada que se aproveite.
Quem viver, verá!

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A Alma Pede Bálsamo




Deixe-me chorar,
Abrandar meu coração.
Deixe-me no silêncio
A vasculhar minha dor,
Não me aprece
É preciso calma.
A alma pede bálsamo,
Pra curar o torpor.



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