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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
Direitos autorais são protegidos pela Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1968.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Esperança

Esperança não é esperar por algo melhor,
mas é plantar a semente,
com a possibilidade de não estar para vê-la germinar.
Somente movido pela certeza de que é preciso plantá-la.

                                         © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Humano Descartável


fico junto

quando quero
quando recebo
quando preciso
quando estou só
quando tenho medo
quando, quando, quando

mas

quando não quero
quando não preciso
quando não gosto
quando não vejo
quando não ouço
quando não sinto

deixo-o só

como quiser
como puder
se aninhar em sua solidão

humano descartável
humano utilitário
humano desumano

      © Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Bomba Atômica

Dor de coração machuca a alma.
Faz lembrar o amor despedaçado, que se perdeu no tempo ido.
Os pedaços clamam por reparação.
Cada fragmento busca a junção.

Confunde-se a mente,
Que sente como se fosse hoje o que já passou.
Bom seria que no passado ficasse a história, 
Que como bomba atômica desagregou o que íntegro vivia.

Como se libertar da dor?
Não se caminha leve enquanto as partes estiverem fragmentadas.
Qual deve ser a ação?
Como restaurar o coração?

Como?

                       © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Escolha Minha

Quero estar ao lado dos que mantém brilho nos olhos
E longe, dos que mantém sangue nos olhos!

                                © Direitos reservados a Ala Voloshyn

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Com o Mestre


Naquele dia ele acordou decidido! Faria uma pergunta muito importante para seu mestre, pois não conseguia encontrar uma resposta que acalmasse seu coração.
No jardim do mosteiro encontrou-o sentado, serenamente contemplando um pássaro, que havia pousado em um pequeno arbusto de jasmim.
Cheio de esperança perguntou:
- Mestre, desejo fazer-lhe uma pergunta que me é muito importante.
O mestre se volta para ele e com olhar terno e profundo diz:
- Diga meu caro, o que deseja saber?
- Sigo a me perguntar o tempo todo, por que em muitas vivencias minhas fui ofendido, ridicularizado, agredido por pessoas muitas vezes muito queridas por mim? Será que fiz algo de ruim? Seria eu merecedor de tudo isso? Ao certo nunca entendi o motivo de tanta agressão, que muitas vezes me entristeceu em demasia. O que podia eu ter feito, mestre, para tanto ódio lançado contra mim? Por que me fizeram tanto mal?
O mestre o olhou com profundidade e lhe perguntou:
- Meu caro, responda-me, você hoje é uma pessoa melhor ou pior que antes?
- Muito melhor, mestre! Sou mais sereno, mais paciente, tenho minha consciência muito mais refinada que antes e a confiança em mim mesmo cresce a cada dia!
- Então, meu caro, eles não lhe fizeram mal algum. Agiram de acordo com sua consciência, como sentiam, como enxergavam o mundo, mas não o feriram de verdade.

                                                                            © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Com as Mãos Firmes no Leme


Quando estamos em alto-mar da vida com as mãos no leme e desejamos mudar o rumo temos medo, pois não sabemos o que nos aguarda. Mas já é certo, que para onde estamos indo não faz mais sentido. Esta é a razão maior, para conduzirmos a nau em outra direção.

                                                                  © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Sabedoria

Sabedoria só pode ser reconhecida como tal, 
se estiver manifestada na ação.

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quarta-feira, 26 de junho de 2019

O medo, meu bem, meu mal


Ah, esse medo! Velho conhecido meu! Desde que me conheço por gente esse tal de medo me acompanha. Ele vem quando menos espero e me pega de surpresa e assim fica forte. Quanto maior ele fica, menor me sinto. 
Que condição é essa que o conserva tão poderoso? Seria sua mania de aumentar as coisas? Toda lagartixa vira jacaré! Todo escuro é bicho papão! E o moço que não conheço, fica com cara de ladrão!
Minha mãe o tinha como aliado. Dizia sempre que meu pai me castigaria por eu ser desobediente, que eu não teria namorado por ser imponente. Meu pai nem sempre me castigava e namorados tive uma porção! Mentia minha mãe? Sim e usava o tal medo pra me ter na mão, mas que falta de imaginação!
Podia não ser original, mas funcionava! Deixar por conta da fantasia uma ameaça, certamente torna qualquer um vulnerável! 
Levei muito tempo pra perceber que o medo é bom quando sinaliza um perigo real, mas se for pra subjugar, dominar, enganar, é um veneno que pinga constantemente em nossa mente, tornando-nos frágeis marionetes a realizar o espetáculo de quem maneja os cordões.  
Posso ter sido presa fácil de alguns, mas hoje sei que se há veneno, também há seu antidoto correspondente: ela, a consciência viva e audaz, forjada na vontade de se aprimorar e construir com as  próprias mãos seu destino!

Texto também publicado:
* Blog do Pastore:
 https://www.facebook.com/Blog-do-Pastore-366958293492833/
*Jornal Imprensa ABC:
www.imprensaabc.com.br

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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Equilíbrio

Unir a razão à capacidade de sentir é fundamental.
Razão sem o sentir é imperfeição.
Sentir sem a razão é ilusão.
                                                                                                
                                         © Direitos reservados a Ala Voloshyn

domingo, 9 de junho de 2019

Salte como um gato

Disse a ela que não fazia mais sentido a relação, sem maiores explicações. Sem dar-lhe uma chance de questionamento. Sem medir suas palavras fechou todas as portas de uma conversação. Defendeu sua liberdade de escolha como um mestre no assunto e foi embora sem olhar pra traz. Deixou-a quieta de espanto e dor.
Você, ficou com sua decisão unilateral. E ela, ficou com a tristeza, com perda causada pelo choque da emoção e uma sensação de que amou um garotinho que só queria colo.
Ah, moleque! Deixe-me dizer: uma boa ação é como o salto de um gato, que estuda bem a situação, calcula a distancia, prepara-se com esmero para atingir o alvo, sem esbarrar em nada e em ninguém, sem se ferir, e sem ferir. Seu alvo é único e seu pulo é perfeito.
Se ao realizar sua meta, machucou, por não se importar com quem ouvia, se foi sem olhar o que derrubou e se não questionou suas palavras e atitudes, saltou como um homem despreparado para o vínculo e em algum momento o chão o espera, pois seu salto, está longe da perfeição do salto de um gato!

                                                                          © Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 14 de maio de 2019

Você é lenha?

                                         Você é lenha na fogueira de quem?

                                                                   © Direitos reservados a Ala Voloshyn

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Avante!

Não se apegue ao que terá que deixar.
Cultive o que o faz crescer como ser humano.
E siga adiante!

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Notre Dame


A Mãe se consome
A Mãe se sacrifica 
Para acordar os filhos inconscientes
A Mãe em sua suplica por Luz
Se consome como Fênix
Para renascer nos corações empedernidos
A Vida clama por atenção
Tudo se consome
As chamas queimam o Sagrado
O ódio invade a Alma
E soberbos em sua ignorância os filhos consomem a Mãe
A Mãe chora e clama por atenção
Os filhos dormem em sua ignorância
O Grande Feminino
A Grande Mãe
A Nossa Senhora
A Notre Dame
Clama por atenção
A vida está em risco pelo ultraje ao Feminino.
A Vida em risco aponta pra Mãe
Que deve manter-se como pilar do Sagrado Feminino
Que a Vida mantém em sua profunda essência
Ignorantes os filhos consomem a Mãe
Ignorantes os filhos consomem a Vida.



quinta-feira, 21 de março de 2019

Tia Lily


Minha linda tia Lily! Foi batizada como Lily de Andrade Guimarães, a caçula de três filhos. Não teve irmã, fato que lamentava; dizia sempre que sentia falta das conversas de meninas, com seus sonhos ao falar de meninos. Assim era minha tia, sonhadora e terna. Tocava piano como quem nunca vi. Em sua casa não faltavam alunos. Era uma professora exigente, buscava sempre a perfeição e com seu jeito doce conseguia com que cada menino e menina se esmerassem ao tocar as teclas daquele piano, que a acompanhou por mais de meio século.
Tia Lily, assim a chamávamos, viveu sempre no mesmo apartamento, num prédio antigo, robusto, de bom gosto, perto da Praça da República. Lugar que ela adorava, pois dizia que o centro de São Paulo guardava uma lembrança do belo e requintado. Este era seu espaço, onde viveu trinta e cinco anos com tio Fred. Frederico da Silveira, um homem de alta estatura, belo, muito prático e calcado nas coisas da terra, um  exímio comerciante na venda de calçados. Sabia, como ninguém, encantar qualquer um que entrasse em sua loja. Nunca deixou de vender um par sequer. Não tiveram filhos, para lamento dos dois, e talvez por isso, tratavam seus sobrinhos com carinho especial. Adoravam viajar e assim conheceram o Brasil quase que por inteiro e outros tantos países mais. Ele se foi, já se vão cinco anos e tia Lily sempre falava dele como se o esperasse para o jantar. Nunca se casaram no cartório, alianças nunca vi, mas amor igual ainda não senti.
Tia Lily, depois que tio Fred se tornou uma estrelinha no céu, viveu sozinha com sua cachorrinha Susi e dois gatos, Teodoro e Turíbio, nomes que o tio fez questão de lhes dar, achava engraçado. Ele gostava de chama-los para o jantar. Ambos roçavam suas pernas enquanto ele ria e dizia que eram dois moleques que amava. Susi, meio rabugenta, talvez por ciúmes, não saia de sua almofada, bem perto do piano.
Certa vez tia Lily me convidou para almoçar. Eu amava estar com ela. Era engraçada, com seu cabelo cor de mexerica, ornava bem com seus olhos  azuis. Quando saí do elevador, o corredor estava impregnado com o cheiro de curry. Sabia que era seu delicioso frango com a especiaria! Logo que cheguei fui ajudá-la, pois ainda não estava pronta a iguaria e me prontifiquei a preparar o arroz, enquanto titia cuidava de sua panela com aquele frango a cozinhar num molho borbulhante repleto de curry! Nós duas ríamos, a conversar sobre assuntos diversos, nada importantes, mas valia a alegria. Sem que percebêssemos, Teodoro, subiu no armário bem ao lado do fogão e desengonçado que era não demorou muito, só deu tempo de ver o felino cair bem dentro da panela. Meu Deus! Que horror! Só deu tempo de gritar "Jesus!" Mas tia Lily com sua agilidade conseguiu evitar que o maroto caísse por inteiro no molho. Só foram as patinhas traseiras. Ela o pegou num reflexo impressionante! O danado ficou com a metade do corpo amarelo, cheirando à frango indiano. Demos um bom banho nele e o untamos com boa pomada para queimadura. Depois do susto ríamos de nervoso, mas o frango foi para o prato, nada sofrendo por causa do Teodoro desengonçado. O pelo demorou um pouco a crescer novamente, mas ficou bem! Se aprendeu a lição, não estou certa, mas que nunca mais subiu num armário, isto é fato!
Tia Lily, que saudade tenho de ti! Ontem completaram-se seis meses que você também se tornou uma estrelinha no céu. Hoje, é a primeira vez que entro em seu apartamento para definir alguns procedimentos com seus pertences. Vejo seu piano, em que tantas vezes tocou Chopin, especialmente em noites estreladas, dizendo que era para tio Fred ouvir, se encantar e brilhar cada vez mais lá em cima. Vejo seu espaço, que tantas vezes nos acolheu, seus sobrinhos. Vejo sua coleção de miniaturas e muitos livros, coisas que tão bem representaram, tia Lily e seu amado Fred. Agora duas luzes a me fazer acreditar que o amor verdadeiro se estende além das estrelas.

                                                                   © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 20 de março de 2019

Resistência silenciosa

eu acredito na resistência silenciosa
eu acredito na força do amor
que permeia tudo
que estabelece a paz da compreensão
que inaltece a vida interna
que pacifica o olhar
que atua no florescimento da tolerância

eu acredito na resistência silenciosa do amor
que respeita a natureza de tudo o que vive
que sabe onde deve tocar
sem causar ferimento
que tem a paciência de esperar a transformação do ser 
num ser melhor 
que busca o sentido da vida 
sem destruir o que não conhece
sem retirar a vida de tudo que vive

eu acredito na resistência silenciosa
de todo aquele que vive o poder unificador do amor
e nele se sustenta, se transforma, se expande
e se torna uno com tudo o que vive.

                                      © Direitos reservados a Ala Voloshyn

terça-feira, 12 de março de 2019

Voa alto


abra tuas asas
voa alto
engrandeça teu coração

almeja teu voo pra onde tua alma toca
não perca o rumo
olha teu guia que vive dentro de ti

construa tua morada longe do chão
fuja do que limita teu voo

alcança o que te norteia
siga o que  teus olhos apontam
esteja onde a luz do espírito expande

voa alto
supera voos rasantes
ultrapassa o que te cega de ti

           © Direitos reservados a Ala Voloshyn

     *Ouça o poema no soundcloud narrado por mim:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/poema-voa-alto-de-ala-voloshyn-narrado-por-ala-voloshyn

*Ouça o resultado da parceria entre eu, Ala Voloshyn, e Carlos Jr, onde canto meu poema Voa Alto e Carlos Jr faz toda essa composição linda, incluindo a arte do vídeo.

carlosjuniormusica@gmail.com
Instagram: @carlosjunior_piano
  

terça-feira, 5 de março de 2019

Vítima?


O quanto você acredita ser vitima numa situação, seja ela qual for? Admite que está subjugado e que o outro tem plenos poderes sobre você? Quer seja por violência física ou psicológica, quer seja por domínio econômico, injustiça, perseguição, preconceito, maldade, distúrbio mental ou algo que ainda não pensei?
Seja qual for o motivo não existe alguém na face desta Terra que não tenha, pelo menos, uma ínfima condição para se defender. A não ser que acredite na sua incapacidade, justiça divina ou humana para merecer o sofrimento.
Mesmo sem perceber, de alguma forma, damos ao outro a permissão de nos maltratar e se não descobrirmos de que maneira permitimos a violência, não a resolveremos em sua raiz.
Em qualquer circunstância há pelo menos dois comprometidos e para que tudo permaneça nas mesmas condições, todos os envolvidos precisam fornecer energia, sua parcela de contribuição para alimentar a forma e qualidade da relação. 
Se você acreditar e sentir que é a vítima no caso, o tempo que dispender com sentimentos de inferioridade, mágoa, raiva, medo, desamparo, desigualdade, desorientação, dúvida, e se além de tudo isto, firmar a culpa alheia pelo seu estado lamentável, creio que suas chances de modificar a circunstância  tornam-se mínimas ou quase inexistentes. Porque olhar para si como o sacrificado, certamente o colocará na posição de incapaz.
Mas, ao escolher a autoanálise e buscar pela parte que lhe cabe de responsabilidade no que ocorre, todo cenário muda. Identificar os próprios aspectos que alimentam o desiquilíbrio da relação, lhe propicia a consciência do que deve modificar em si, para não mais contribuir com o fato e por isto abrir suas portas para sair do sofrimento, isto é, ao investigar com afinco as raízes internas da sua  maléfica condição, poderá altera-la. Eis a chave da liberdade! Autoconsciência.
E quando admitir que existe em seu ser uma força motriz para sair do seu penar e não acreditar no estado de vitima, com a consciência dos seus motivos internos, que alimentam a relação, o mal, como um tumor sem irrigação sanguínea, perecerá ou seja, o cenário mudará, porque você modifica sua posição,  assim como num jogo de xadrez:  a mudança de uma peça de forma adequada, altera o jogo e se for na mira, é xeque-mate!

                                             © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Difícil, mas não impossível!

 este mundo não é fácil!
   nem pra quem tem rabo,
  nem pra quem não tem!

                                       © Direitos reservados a Ala Voloshyn

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Ouroborus


é preciso morrer mil vezes
pra mil vezes renascer
é preciso mil vezes perder
o que mil vezes fez-se viver
é preciso mil vezes ir
pra mil vezes voltar
mil vezes chorar 
pra mil vezes sorrir
mil vezes te olhar 
pra mil vezes te ver partir 
esquecer mil vezes
o que mil vezes me fez respirar
mil vezes no inferno mergulhar
pra mil vezes à tona subir
e descobrir que 
de mil vezes ficam mil vezes sem par
mil vezes caminhar solitário
pra mil vezes se encontrar 
e mil vezes perceber 
que mil vezes restam
pra tudo terminar
e mil vezes recomeçar

 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Florista

Vive dentro de mim a menina que colhe flores,
para oferecer a quem as pode ver.

                                                         © Direitos reservados a Ala Voloshyn

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