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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
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quinta-feira, 29 de março de 2012

Cancerígeno

Recebemos uma imensidão de informações sobre agentes cancerígenos e todos os dias somos lembrados do que devemos evitar e do estilo de vida seguro que devemos desenvolver. Vivemos mergulhados em ameaças que algumas conseguimos evitar e outras nem queremos pensar, tudo muito centrado no biológico, mas fico imaginando o quanto engolimos todos os dias  agentes agressores ao nosso campo psicológico sem sequer associá-los ao mal que podem nos causar pela sua ação invasiva e ameaçadora ao equilíbrio vital.
Quantas mentiras, traições, manipulações, ameaças, cenas de ciúmes, álibis que não convencem nem as crianças, promessas sem nenhuma intenção de serem cumpridas, jogos de sedução, abandonos covardes, ações que não correspondem ao discurso e assim por diante, tudo conversa mole pra boi dormir e boi bem sonso! Todos os dias engolimos, engolimos e engolimos estes agentes agressores e já habituados, nem um pequeno enjôo sentimos! Quando colocamos na boca um alimento estragado, insuportavelmente amargo ou que não gostamos, não temos muita dúvida e colocamos para fora, mas por que estes agentes colocamos para dentro?
Por que não damos um basta? Por que não evitamos? Por que participamos deste jogo letal? Se pensar bem perceberá que já engoliu muita coisa que está entalada na garganta ou causando no mínimo uma gastrite infernal. Que tal colocar para fora? Limpar-se e ser pelo menos coerente com suas necessidades de bem viver com certa dignidade.
Ninguém precisa acreditar no que não acredita. Ninguém precisa abaixar sua cabeça aceitando o que sua alma rejeita. Ninguém precisa seguir um padrão que não lhe corresponde. Ninguém precisa fazer de si mais um boneco sem vida manipulado por quem o queira.
Está ruim? Sabe que lhe fará mal? Não confia? Não dá para engolir? Então não engula, defenda-se. Preserve sua integridade. Preserve sua verdade. Preserve sua vida!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

Ilustração: da web

terça-feira, 20 de março de 2012

Solidão


Alma canta

Espera poder ser quem é
Espera saber onde está sua paz
Espera viver sem medo das barragens que a cercam

Dolorosas
Imensas
Barragens

Espera

Cansa

De não ouvir resposta clara

Alma canta e não encontra eco

Sem reposta

Alma se cala
Vive para dentro
Vive sem alento


 © Direitos reservados a Ala Voloshyn

Ilustração:  da Web



segunda-feira, 5 de março de 2012

Não me Peça pra Ficar

“Não me peça pra ficar só porque não quer me acompanhar”, Vander Lee escreveu em sua canção, mas quantos poderiam dizê-lo sem titubear? Escolher seu caminho, deixar para traz aquilo que gosta, amigos, amores ou coisas, em função de necessidades. É mais fácil se deixar levar, ter quem opine em sua vida, ter quem lhe mostre o caminho, ter quem elimine a angústia da escolha.
Palpiteiros, guias é que não faltam. Geralmente parecem bem intencionados, sábios, firmes e de certa forma impositivos, pois para influenciar é preciso ter talento, força, poder de convencimento e gente preguiçosa também existe em bom número, assim o par está selado, dominante, dominado. Um não existe sem o outro e quando a parceria se estabelece fica difícil interferir, pois o dominador precisa exercer seu poder e o preguiçoso não quer o conflito. Santo conflito! Já parou para pensar que é de conflitos que nascem as melhores decisões? Olha-se para um lado e depois para o lado oposto e com alguma dose de angústia chega-se ao resultado, ao novo, à transformação.
Angústias levam para frente, confortos levam à estagnação e dependência. Maldita dependência daquele que escolhe o caminho fácil de ser conduzido! Sem citar aquele que conduz que parece fazer algo de bom, mas ao eliminar o poder de escolha do outro faz na verdade muito mal!
Quem tem sua Vontade inibida não consegue penetrar no seu íntimo, não consegue ouvir a voz de seu coração, não sabe o que quer, pois não sabe quem é e por isso está perdido a precisar da mão de quem o conduz, sabe Deus para onde, mas com certeza não será para o caminho de sua própria vida e assim seu tempo se esvai sem que perceba o tamanho da prisão em que se encontra!

© Direitos reservados a Ala Voloshyn

Ilustração: Foto da Web

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