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DIREITOS AUTORAIS

Todos os textos aqui publicados são autoria de Ala Voloshyn.
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Quem Ama Cuida. Cuida?

Quem ama cuida. Eita frase chavão! O que mais se ouve são frases de efeito, mas quando a corda aperta no pescoço e o ar falta é hora exata de saber o que realmente tem valor e o que não passa de palavra de efeito, só pra impressionar, só pra dizer eu participo,  estou presente. Mas não está!
O que significa realmente ajudar? Arrebatar o outro e lhe impor, mesmo na melhor das intenções, o que acredita ser bom a ele, mesmo que a distancia entre as reais necessidades dele e as que julga serem as melhores for enorme? Se não houver um  mínimo de sensibilidade e um olhar atento naquele que pretendemos ajudar o erro pode ser grande.
Ansiedade baixa como algo estranho, e podemos querer sair bem rápido do enfrentamento do sofrimento alheio e então tudo vale e a invasão, pela urgência, é inevitável. Facilmente invadimos o espaço de quem sofre e lhe impomos ações e necessidades que na verdade são nossas, o sofrimento passa a ser nosso, não exatamente igual, mas acessamos arquivos internos, praticamente mortos, pelo distanciamento que mantemos de sentimentos inacabados, estagnados, a espera de solução, como água represada, que a qualquer momento pode romper suas barragens e "salve-se quem puder". É assustador!
Sabe o que penso, de verdade? Ajudar é coisa bem complexa, pois antes de tudo requer observação e compaixão, isto é, dar ao outro o que ele precisa e não o que eu precisaria naquela situação. Sei que não é fácil, pois projetamos milhões de imagens internas  e achamos que são verdadeiras, mas um esforço no sentido de separar o meu do teu, vale muito.
Só quem sofre sabe exatamente o que se passa dentro de si e não ser considerado, por mais absurdo que possa parecer o comportamento, é desesperador, uma solidão imensa e um medo pavor.
Por que não acreditar?? Por que julgar como exagero o que o outro expressa?? Por que não considerar a partir da posição dele?? Ou é melhor fugir e interpretar ao bel prazer e submete-lo ao seu remédio e não ao dele?
Cada qual procura na medida da sua sabedoria e ignorância ser feliz e o que é bom pra você pode não ser pra mim, por isso é importante respeito e humildade para considerar as devidas diferenças. No entanto, existe uma classe de ser humano oportunista que tira vantagem da fragilidade alheia para submete-lo ao seu interesse, seja ele qual for. Esta é uma atitude antiética, daqueles que crescem diante da vulnerabilidade do outro. E isto não vale não, meu irmão!!!
Só pode realmente ajudar quem consegue sentir em seu coração a dor do outro e isto requer conhecer seu próprio coração e não teme-lo.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn


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