Um bom instrumento de comunicação. Rápido, eficiente quando a mensagem é clara e objetiva. Tudo se passa bem no âmbito prático e racional, mas algo muda quando tratamos de emoções. Quantos "parabéns a você ", "como está?", "mando boas vibrações", "estou contigo", "beijos", "força", ícones diversos e assim por diante, mas faltando algo demais importante, emoção.
Estamos cada vez mais ensimesmados em nossas máquinas, deixando de trocar energia. Estamos empobrecendo em sensibilidade e afeto. Cada qual defendendo seus interesses e cada um que se resolva por si só. Não há mais "tempo" pra conversar pessoalmente, olhar nos olhos, tudo tem pressa, estamos desnutridos de afeto.
Basta estar num coletivo e ver que a maioria está com fone no ouvido ou lendo e repassando mensagens. Quem se olha? Quem puxa papo? Solitários, absolutamente solitários, vivendo isolados.
Atos de compaixão são destaques de honra, pela sua singularidade.
Posso estar com uma visão muito pessimista, mas é fácil observar que máquinas, facilidades, imediatismos se tornaram muito interessantes.
Há os que fogem a essa constatação, o que é bom demais, mas de maneira geral a superficialidade se alastra e cada um andando pela cidade como zumbis desconectados do outro e de si mesmo, voltados para um externo pobre de conteúdo e sensibilidade. Felizes aqueles que podem manter-se íntegros em meio a tanta desordem.
© Direitos reservados a Ala Voloshyn
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