Seria óbvio se o óbvio não fosse tão óbvio assim!
As crianças miúdas sabem como é.
Podem percebe-lo sem dificuldades.
Mas gente grande nem tanto!
Se interessa pelo oculto, misterioso, complicado de
entender.
E o óbvio escorre entre os dedos.
Gente grande acha que sabe e se embaraça no óbvio.
Se atrapalha a questionar o que está diante dos olhos.
E não consegue identificar o que é óbvio.
Procura respostas nos sábios, mestres, cientistas, heróis
E o óbvio não
enxerga.
Procura respostas onde não há respostas para não ter que
responder.
Os olhos, é preciso faxinar, limpar sujeira grossa e fina.
Ir além do imaginado, acreditado, desgastado, enrijecido, vantajoso.
O óbvio está na complexidade do simples.
É preciso se despojar da coerência aprendida, repetida,
Que está distante do natural, essencial.
O óbvio é o que sempre esteve presente a mostrar o que é e
como é.
O óbvio é pra quem quer enxergar.
O óbvio é pra quem quer se aprofundar na complexidade do
simples, do essencial.
O óbvio é pra quem quer ver o óbvio!
©Direitos reservados a Ala Voloshyn
Gratidão! Esse texto me trouxe respostas!
ResponderExcluirQue bom Jacque! Fico feliz por isso!
ExcluirSim, Ala; pura verdade! Seria bom se, com Fernando Pessoa, pudéssemos descer da educação que nos deram pela janela dos fundos da casa. Ou mesmo pela porta. Da frente.
ResponderExcluirSeria bom! Talvez assim pudéssemos enxergar o óbvio.
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