Tudo nos empurra para fora:
trânsito, contas, trabalho, conflitos no relacionamento, política interna,
guerras, consumo, dinheiro e assim por diante. Muito barulho externo exigindo
nossa atenção o tempo todo. Padrões de comportamento admissíveis e logo
descartáveis, pois tudo muda numa velocidade difícil de acompanhar, mas para
ficar por dentro é preciso estar atualizado. No final do dia estamos todos
cansados e quando chega a hora de dormir a mente em polvorosa não nos deixa
descansar. Vida dura! Por mais que existam benefícios e vantagens não acredito
muito que chegaremos a algum lugar desta forma.
Pode-se conquistar dinheiro,
prestígio, posição, despertar inveja, admiração e é este justamente o problema,
pois as referências são externas. Seguimos moda, tendências, valores vigentes. Tornamos-nos
muito atentos ao que os outros querem e nosso discernimento, opinião pessoal,
anseios íntimos verdadeiros ficam atrofiados.
Então eu digo: siga o mestre! Que
mestre? Você pensa. Não acabou de dizer que é um problema seguir referências
externas, agora vem com essa de seguir o mestre?! Que mestre? Tudo isso você
questiona, mas eu continuo insistindo: siga o mestre, mas o de dentro. Como
assim? Você protesta. Eu explico. Pelo menos tentarei.
Existem referências que são
internas. Elas indicam nosso estado de ser, nossas necessidades de evolução. Vivências
são importantes para o aprendizado, mas existem aquelas que necessitamos e
outras não. Cada um bem lá no seu íntimo sabe o que precisa experenciar para
crescer e sinais internos nos indicam o que é correto para nós. Intuição,
sonhos, vontades que não passam, latejam o tempo todo até serem realizadas e
quando as obedecemos sentimos muita alegria e alívio.
Já lhe aconteceu de ter um problema
e não saber como resolvê-lo? Aquela questão fica martelando em sua cabeça e
quando está distraído surge uma ideia que a princípio parece absurda, você a
rejeita, pois não encontra nenhuma explicação lógica, mas ela volta insistindo
até que você cede e a realiza. Para sua surpresa é a solução, que nem sempre é
imediata, mas lá na frente com o desenrolar dos fatos acontece o que precisava
e pronto, resolvido, com elementos que irão levá-lo a evoluir muito mais. Já
lhe aconteceu? Então você deu crédito ao seu mestre, lá dentro de si, que mais
parece uma grande antena parabólica de alcance muito maior que sua
racionalidade.
Ao estarmos totalmente comprometidos com o externo e o lógico racional perdemos de vista nossa referência íntima e
ficamos batendo a cabeça seguindo padrões que não tem nenhum valor real para
nós e aos poucos nosso mestre será esquecido, correndo o risco de atrofiar
pela falta de sintonia e a infelicidade se instala, porque nos distanciamos
totalmente de nós mesmos, nos tornamos mais um na multidão a repetir padrões
com pouca evolução.
Então, eu insisto, siga o mestre!
Ilustração: Google
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