Do meu jeito, do seu, dele, do
outro, daquele! Assim costumamos fazer, uns mais, outros menos. É hábito já
declarado transformarmos nossas relações em “queda de braço”. Insistimos em
fazer prevalecer nossa opinião, como se fosse a mais importante e a única
correta, mesmo que seja um engano, mas isto não importa muito na hora de impor,
o que vale é defender a própria vontade. Quem tem mais poder de “grito” vence.
Tenho observado a linha do tempo
de algumas pessoas mais afoitas neste sentido e percebo sua dureza de caráter,
cegueira ética, e desastres pessoais. Andam doentes, infelizes, continuam
teimosas, temerosas e na maioria das vezes solitárias, pois conseguiram afastar
pessoas de seu convívio que desistiram de tentar um relacionamento, pelo menos
amigável. E tudo isto por quê? Quiseram manter a soberania de suas vontades e
não perceberam, pela inflexibilidade, o quanto destruíram e acima de tudo não
aprenderam, continuam a cometer os mesmos erros, pois a dificuldade em perceber
o outro não as permite enxergar que existem formas diferentes de lidar com as mesmas
questões, que é na diversidade que se constrói o todo. Perderam tempo, um tempo
que ao se escassear limita cada vez mais as chances de transformação. A
insistência em impor parece prender o indivíduo no seu vício de não discernir.
O que mais me chama a atenção é o
poder de destruição desta posição radical. Toda vez que alguém
defende com rigidez sua opinião é capaz de remover da frente qualquer atitude
antagônica com violência e armações sem fim, não conseguindo absorver qualquer
diferença permanece em seu embotamento.
A flexibilidade e a permeabilidade
são meios capazes de levar ao aprimoramento constante. A paciência e a vontade
de evoluir ainda são fundamentais para conseguirmos aprender e não nos
deixarmos influenciar pelo radical, enquanto que a teimosia imperialista
consome o tempo de vida. A dureza de pensar e sentir coloca qualquer um contrário
a evolução.
Ilustração: Robocop / Google.
Parabéns, este merece um livro.
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