Vingança
E a história não muda!
Vingança
E a história continua!
Vingança
E o sangue ainda está no olhar!
Vingança
E a dor pulsa!
Vingança
Até a roda girar
E colocar todos no mesmo lugar
Vingança
E a história não muda!
Vingança
E a história continua!
Vingança
E o sangue ainda está no olhar!
Vingança
E a dor pulsa!
Vingança
Até a roda girar
E colocar todos no mesmo lugar
Não desvia
Espera
Que pressa é essa?
Não perca o tempo
Olha um pouco mais
Sente o que os olhos veem
Não se apresse
O que vale é a verdade
Não perca o tempo
Se passar o viver
Nada será
Não se aprece
Sente o que os olhos veem
©Direitos reservados a Ala Voloshyn
“Dou minha palavra”. “Se eu disse, está dito”. “Palavra de
honra”. “Combinado está”.
É isso? É assim?
Posso confiar em sua palavra? Irá cumprir o que firmou com sua palavra?
Bem que eu gostaria que sim. Bem que eu gostaria que lembrasse no dia
seguinte o que afirmou fazer. Bem que eu gostaria que não ferisse um acordo de
palavra entre nós. Bem que eu gostaria de não ficar sozinha num feito de nós
dois. Bem que eu gostaria poder confiar em sua palavra. Mas não parece que
posso.
Tão frágil se tornou acordo de palavra! Não há compromisso.
Não importa o outro. Palavra pode ser jogada ao vento e quem sentir dano, que o
resolva, não é?
Tão frágil se tornou a palavra de quem não se compromete em cumpri-la.
Tão frágil se tornou sua palavra, que confiança perdeu. Quem habituado está em
não cumprir, do hábito fica refém, a inventar artimanhas para disfarçar o que
não consegue, pois fatos não pedem confirmação, expõem.
Pois então, em quem confiar? Pergunto.
Eu sigo um critério, que decidi. Só posso confiar em quem
cumpre sua palavra firmada. Sem esperar grandes feitos, só espero a confirmação
da palavra, só isso e tudo isso.
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Seria óbvio se o óbvio não fosse tão óbvio assim!
As crianças miúdas sabem como é.
Podem percebe-lo sem dificuldades.
Mas gente grande nem tanto!
Se interessa pelo oculto, misterioso, complicado de
entender.
E o óbvio escorre entre os dedos.
Gente grande acha que sabe e se embaraça no óbvio.
Se atrapalha a questionar o que está diante dos olhos.
E não consegue identificar o que é óbvio.
Procura respostas nos sábios, mestres, cientistas, heróis
E o óbvio não
enxerga.
Procura respostas onde não há respostas para não ter que
responder.
Os olhos, é preciso faxinar, limpar sujeira grossa e fina.
Ir além do imaginado, acreditado, desgastado, enrijecido, vantajoso.
O óbvio está na complexidade do simples.
É preciso se despojar da coerência aprendida, repetida,
Que está distante do natural, essencial.
O óbvio é o que sempre esteve presente a mostrar o que é e
como é.
O óbvio é pra quem quer enxergar.
O óbvio é pra quem quer se aprofundar na complexidade do
simples, do essencial.
O óbvio é pra quem quer ver o óbvio!
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